Cuba e China conversam sobre colaboração na área de saúde
Havana, 06 de novembro (RHC) O ministro da Saúde Pública de Cuba, José Angel Portal, se reuniu com seu homólogo da Comissão Nacional Chinesa Lei Haichao. Ambos trocaram opiniões sobre a colaboração e o fortalecimento da pesquisa.
O site do Ministério da Saúde Pública (Minsap) destaca que o ministro Portal enfatizou a importância de estabelecer um Comitê de Gestão Binacional Cuba-China para administrar áreas estratégicas de benefício comum.
Temos um Memorando de Entendimento assinado desde 2021, mas acreditamos que esse Comitê pode fortalecer ainda mais nossas ações, acrescentou.
E ressaltou que a China se tornou um aliado estratégico para o intercâmbio científico e técnico em Saúde Pública, assistência médica e tecnologia médica. A transferência tecnológica de insumos e tecnologias da China pode contribuir muito para o fortalecimento do Sistema Nacional de Saúde e, consequentemente, para a qualidade dos serviços que prestamos, ressaltou Portal.
Ao estender o convite para participar da Convenção Internacional de Saúde, que será realizada entre 21 e 24 de abril de 2025 em Havana, o ministro cubano explicou que Cuba gostaria que a China aceitasse ser o país Membro de Honra nessa feira internacional, o que permitiria que um número significativo de empresas chinesas exibisse seus recursos.
Lei Haichao afirmou que é uma honra para participar do encontro e garantiu que grupos de representantes científicos de alto nível seriam enviados para compartilhar informações sobre ciências médicas.
Também apresentaremos mais empresas farmacêuticas e centros de pesquisa chineses para promover a cooperação e a pesquisa conjunta, destacou.
O diálogo entre os dois ministros reafirmou o quanto ambas as nações podem fazer pelo desenvolvimento das ciências médicas, apesar dos desafios atuais enfrentados em seus respectivos países.
Avaliamos que a rede de universidades cubanas de Ciências Médicas e as prestigiosas universidades chinesas têm grande potencial para contribuir com o desenvolvimento, a educação e o treinamento em áreas de interesse comum, disse Portal.
Independentemente das relações já estabelecidas entre a indústria médico-farmacêutica e de biotecnologia cubana e as empresas chinesas, a atual combinação de inovação e produtos em áreas como o tratamento do câncer e a neurologia são linhas que podemos desenvolver juntos, comentou.
E detalhou a possibilidade de progredir, entre outras questões, em ensaios clínicos multinacionais, estudos clínicos em cenários do mundo real, o tratamento da doença de Alzheimer, bem como a gestão e o controle de doenças infecciosas.
Portal explicou que Cuba conta com o Instituto Pedro Kourí de Medicina Tropical (IPK), com especialistas de alto nível, laboratórios de referência para estudar múltiplos agentes infecciosos e equipamentos de alta segurança para trabalhar com patógenos de alta contenção.
Também contamos com a força das relações estabelecidas entre as agências reguladoras de medicamentos, equipamentos e tecnologias da China e de Cuba, o que constitui um pilar para o intercâmbio entre ambas as nações, afirmou. (Fonte: PL)
