cultivos de banana e mandioca destruídos. Foto: Dunia Álvarez Palacios

Havana, 12 de novembro (RHC) A passagem do furacão Rafael afetou severamente a província de Artemisa, principalmente os municípios de Güira de Melena e Alquízar, disse à imprensa o vice-ministro da Agricultura, Maury Hechavarría Bermúdez.

Após avaliação preliminar, os prejuízos principais têm a ver com o cultivo da banana, que ultrapassa 9.000 hectares; agora é preciso tornar a plantar, “esta é uma das principais ações em que estamos trabalhando", disse.

Da mesma forma, mais de 7.000 hectares de mandioca foram afetados, bem como batata-doce, feijão, legumes e frutas; granjas de aves e unidades de suínos também sofreram danos.

Na recuperação é fundamental a disposição dos agricultores e produtores agropecuários. "Há um forte compromisso, e estamos trabalhando incansavelmente para recuperar o que foi perdido", garantiu.

Em Artemisa, 43 máquinas de irrigação foram avariadas; as brigadas especializadas nas regiões leste e central do país estão trabalhando arduamente para assegurar seu funcionamento adequado e, assim, garantir a colheita da batata.

Dada a situação financeira decorrente do bloqueio imposto a Cuba pelos Estados Unidos, muitos exemplos na agricultura demonstram a complexidade do progresso.

O vice-ministro da Agricultura comentou que, com a inclusão injusta de Cuba na lista de países que supostamente patrocinam o terrorismo, os bancos se opõem a fornecer financiamento.

“Isto prejudica a transformação do modelo de gestão na agricultura, especialmente em relação ao investimento estrangeiro na Ilha”, explicou.

Hechavarría Bermúdez informou que 48 projetos de colaboração estão em andamento e "têm por objetivo fornecer tecnologia e recursos".

Entre eles, mencionou a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Programa Mundial de Alimentos (PMA), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e outros do Peru.

Um dos principais problemas é a ração animal para a produção de ovos, aves e suínos, destacou.

“Estamos trabalhando para administrar a produção de ração animal; para recuperar o programa de arroz; bem como o plantio de feijão e milho".

Da mesma forma, garantiu que já existem "cinco projetos de produção de ovos, e o objetivo é vender parte deles a um preço mais baixo do que temos hoje nos mercados e usar a outra parte para a cesta básica familiar". (Fonte: jornal Granma)