Cuba: Saúde em 2014

Editado por Juan Leandro
2014-12-31 13:54:28

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Em 2014, a designação de Cuba para presidir a 67ª Assembleia da OMS, Organização Mundial da Saúde, foi o maior reconhecimento à efetividade do modelo de atenção médica no país instaurado depois da vitória da Revolução, de caráter gratuito e universal.

O sistema constitui um exemplo para o mundo, levando em conta também a colaboração prestada por Cuba a outras nações nessa esfera. A primeira ação desse tipo foi na Argélia, há mais de 50 anos. Hoje, essa cooperação abrange mais de 135 países.

Da Assembleia da OMS participaram ministros e altos funcionários dos 194 membros da Organização das Nações Unidas para abordar os temas mais urgentes e aprovar programas a médio e longo prazos.

Hoje, cerca de 50 mil trabalhadores da saúde cubanos colaboram no exterior. Uma brigada de mais de 250 médicos e enfermeiros viajou à África Ocidental para contribuir a debelar a epidemia de ebola que atingiu, principalmente, a Guiné, Libéria e Serra Leoa. Cuba foi o primeiro país em responder ao chamamento urgente da OMS para evitar a propagação do vírus pelo mundo.

Aliás, no país está sendo aplicado um programa de prevenção e enfrentamento à doença, baseado num pacote de medidas sanitárias que tencionam minimizar os riscos e preparar as condições para atender e isolar eventuais casos de ebola.

Cabe destacar que no Instituto de Medicina Tropical “Pedro Kouri”, em Havana, tem sido capacitadas cerca de 15 mil pessoas de mais de 50 nações da África, América Latina e Caribe, em cursos sobre como enfrentar a enfermidade.

Constituiu-se um grupo de trabalho com esse propósito e um centro de direção, cujo objetivo é garantir o acompanhamento permanente da situação nacional e internacional e a tomada rápida de medidas. Dessa tarefa participam, também, os órgãos da Defesa Civil.

Em 2014, o câncer se manteve como primeira causa de morte em Cuba, seguido pelas enfermidades crônicas não transmissíveis que, segundo recentes pesquisas, estão atingindo pessoas cada vez mais jovens. Isso levou a fortalecer os programas e campanhas de educação da população quanto à maneira de evitá-las.

A mortalidade infantil se mantém num nível baixo: cerca de quatro para cada mil crianças nascidas vivas. A expectativa de vida subiu para 78 anos no caso dos homens, e 80 para as mulheres.

Hoje, em Cuba se produz 65% dos medicamentos consumidos no país. Os importados, utilizados em pacientes com diabete, AIDS e câncer, entre outras doenças, são vendidos nas farmácias a preços subsidiados.

Este volume de produção, alcançado graças a fortes investimentos na indústria farmacêutica nacional, permitiu reverter a situação de escassez de certos medicamentos registrada há uns dez anos atrás. Devemos recordar que em Cuba a fabricação e comercialização dos remédios é totalmente estatal, com preços subsidiados.

Um dos desafios atuais é desenvolver e promover a medicina natural e tradicional, dando prioridade à obtenção de produtos provenientes das plantas e das abelhas com alta qualidade. Esses têm sido bem recebidos pela população, com o aval dos especialistas na matéria.

O setor farmacêutico e de biotecnologia, junto à prestação de serviços médicos no exterior e o chamado turismo de saúde, aos poucos se tornaram a principal fonte de ingressos para Cuba. Hoje, o sistema de saúde cubano é autofinanciado.

Nesse contexto, vale recordar as palavras do líder histórico da Revolução, Fidel Castro, que em 1961 vaticinou que esta seria uma nação de homens de ciência à serviço da humanidade.


 



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