Mídia internacional ressalta discurso do presidente cubano na Cúpula da CELAC

Editado por Juan Leandro
2015-01-29 12:33:37

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Havana, 29 de janeiro (RHC).- Meios de imprensa de vários países destacaram aspectos do discurso do presidente cubano, Raúl Castro, na 3ª Cúpula da CELAC, Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, que conclui nesta quinta-feira na Costa Rica.

Na Espanha, os jornais “El País” e “El Mundo”, apontaram que Raúl deixou claro que para restabelecer as relações diplomáticas os EUA devem tirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo internacional e suspender o bloqueio econômico, comercial e financeiro vigente há mais de 50 anos. Meios de imprensa da América Latina e Europa, coincidiram em ressaltar o apoio dos países membros da CELAC às colocações feitas pelo presidente cubano na reunião.

Ontem, Raúl Castro ratificou que Cuba vai continuar defendendo as causas justas e os interesses dos países em desenvolvimento e será leal a seus objetivos e posições comuns. Disse que a Revolução se manterá fiel a seus princípios.

Referindo-se ao início do processo de reatamento das relações diplomáticas com os EUA, anunciado em 17 de dezembro passado, Raúl apontou que Washington reconheceu o fracasso de sua política anticubana ao longo de mais de cinco décadas e o fato de os EUA terem ficado isolados.

“Estas mudanças são o resultado de quase um século e meio de luta heroica e fidelidade aos princípios do povo cubano”, indicou Raúl Castro em seu discurso na Cúpula da CELAC. Foram possíveis, também, graças à nova época na região e à postura sólida dos governos e povos na ONU e em todos os âmbitos.

O presidente cubano reiterou que Cuba e os EUA deverão aprender a arte da convivência civilizada, baseada no respeito às diferenças entre os dois governos, e na colaboração em temas de interesse comum que contribuam a resolver os desafios atuais no mundo. Porém, esclareceu que ninguém deve pensar que para isso Cuba abrirá mão de seus ideais de independência e justiça social, nem claudicar em seus princípios ou ceder na defesa da soberania nacional.

“O restabelecimento das relações diplomáticas é o começo de um processo rumo à normalização das relações bilaterais, mas estas não serão possíveis enquanto existir o bloqueio, não se devolva o território ilegalmente ocupado pela Base Naval de Guantánamo, não cessarem as transmissões radiofônicas e televisivas que violam as normas internacionais, e não houver compensação justa ao nosso povo pelos danos humanos e econômicos que sofreu”, afirmou Raúl Castro.

“Não seria ético, justo nem aceitável que se peça a Cuba nada em troca. Sem resolver esses problemas, não teria sentido esta aproximação diplomática entre Cuba e os EUA”, sublinhou o presidente cubano em seu discurso na Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos.



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