Havana, 18 de março (RHC).- O ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, reiterou que o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba no começo dos anos 60 continua vigente, apesar das recentes medidas anunciadas pelo governo desse país.

Em coletiva de imprensa em Havana, Rodríguez anunciou que as autoridades cubanas decidiram eliminar o gravame de 10% no câmbio do dólar norte-americano, logo que ficar comprovado que é efetiva a medida anunciada de não aplicar sanções a instituições bancárias por realizarem transações com Cuba.

Indicou que, não obstante, as restrições fundamentais do bloqueio continuam. Sublinhou que a erradicação total dessa política será essencial para avançar no processo de normalização das relações bilaterais, e também a devolução a Cuba do território ocupado ilegalmente pela Base Naval de Guantánamo.

O chanceler cubano reconheceu as ações do presidente norte-americano, Barack Obama, encaminhadas a modificar e eliminar o cerco econômico, e apontou que se mantêm as diferenças entre os dois países em matéria de política, democracia, soberania, direito e justiça internacional, e de preservação da paz e a segurança, além do enfoque quanto a nações da América Latina, como a Venezuela.

Sobre a visita de Obama a Cuba, Rodríguez indicou que abrange conversações com o presidente cubano, Raúl Castro, e visitas ao centro histórico de Havana, entre outras atividades.