Médicos cubanos que colaboravam no Brasil rechaçam questionamentos do presidente eleito Jair Bolsonaro (+ Audio)

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2018-11-29 12:32:52

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Havana, 29 de novembro (RHC).- Os médicos cubanos que retornam após encerrar sua colaboração no Brasil rechaçam os questionamentos do presidente eleito Jair Bolsonaro, cuja postura hostil provocou o fim da participação no programa de assistência primária conhecido como “Mais Médicos”.

A doutora Ileana Calderón, que voltou nesta quinta-feira, disse que as declarações de Bolsonaro evidenciam seu desconhecimento sobre a capacidade dos profissionais da saúde deste país. “É uma total falta de respeito. Suas críticas carecem de coerência e são infundadas”, declarou à agência Prensa Latina.

Garantiu que sua postura contradiz a opinião de milhões de brasileiros que foram atendidos pelos médicos de Cuba que colaboraram lá desde a criação do programa em 2013. “O que sinto é uma mescla de dor e de felicidade, porque muitas pessoas choraram e me pediram que não fosse embora”, apontou a doutora Calderón.

Na cerimônia de boas-vindas ao grupo, no aeroporto de Havana, estavam Ramiro Valdés, vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, e José Angel Portal, ministro da Saúde Pública. Os 197 colaboradores vieram num voo que partiu de Salvador, na Bahia.

Por sua vez, o doutor Orlando Cuéllar destacou a atenção à população carente. “Nós atendíamos os mais pobres, aos que praticamente lhes era impossível ter acesso a serviços médicos”, sublinhou.

Sua colega Yuliet Cancañón, que trabalhou no município baiano de Ituazú, disse que muitos viajavam duas horas para se consultar com ela. “Uma vez tive que dar do meu sustento para que uma mãe solteira com sete filhos, que tinha um deles doente, pudesse comprar os medicamentos que precisava”, lembrou a médica cubana. #RHCMasMedicos

 



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