Consumado golpe contra Dilma no Brasil

Editado por Rosaly Hernandez Barriento
2016-09-01 12:38:38

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Acaba de se consumar no Brasil o que na linguagem política de nossos tempos se conhece como golpe de Estado brando. Como se esperava, o Senado votou no impeachment da presidente constitucional do Brasil, Dilma Rousseff, num longo processo altamente manipulado pelos meios e a direita internacional, que coloca ponto final a 13 anos de governo progressista do Partido dos Trabalhadores, o PT.

Como foi anunciado, 61 senadores votar no impeachment contra Dilma, enquanto que 20 se opuseram.

É a eleição indireta de um governo usurpador, disse Rousseff na segunda-feira em dramático discurso no Senado e deixou claro que foi vítima de um golpe de Estado.

Dilma foi acusada de ter violado a Constituição ao assinar decretos sem o conhecimento do Congresso e atrasar pagamentos às instituições bancárias para financiar projetos sociais e garantir assim sua reeleição. A presidente negou categoricamente as acusações e disse que o impeachment foi a ferramenta escolhida por uma conspiração conservadora, liderada pelo vice-presidente Michel Temer, para que pudesse sentar na cadeira presidencial sem passar por uma eleição.

Em seu último comparecimento no Senado, Rousseff, uma carismática economista, guerrilheira em sua juventude, torturada durante a última ditadura que governo de 1964 a 1985, mostrou-se segura e sólida em seus argumentos perante o legislativo. Só eleições diretas podem julgar um chefe de Estado, garantiu, Serei eu – asseverou – que ficarei do lado correto da história.

O golpe contra Rousseff pressupõe a chegada ao poder de um governo conservador comandado por Temer, que reduzirá provavelmente os programas sociais propulsado pelo PT. O político de 75 anos é impopular, segundo as mais recentes pesquisas tem apenas 13% de aceitação.

Para além da crise institucional, o 5º maior país do mundo está mergulhado numa forte recessão. O Produto Interno Bruto da primeira economia da região sofrerá uma redução de 3,3 por cento neste ano, segundo as previsões.

Muitas coisas vão mudar no Brasil a partir de hoje. Em primeiro lugar, é quase certo que será colocada de lado a maioria dos programas de benefício popular, como Fome Zero, Educação para o Povo e outros



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