O mundo amanheceu comocionado no sábado com a notícia do falecimento do líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, que ao longo de sua vida frutífera despertou admiração e respeito por suas convicções revolucionárias e sua defesa da paz e da estabilidade.
São inúmeras as mensagens de condolência que chegam a Cuba procedentes de outras partes do mundo, porque Fidel nunca deixou indiferente ninguém. Incansável e tenaz, dedicou seus melhores anos a lutar pelos carentes, pelos mais humildes.
Como afirmara o presidente da Bolívia, Evo Morales, o líder cubano “nos ensinou a lutar pela soberania do Estado e a dignidade dos povos do mundo”. Na América Latina, onde Fidel Castro deixou seu legado, têm sido incontáveis as mostras de respeito e dor. Os líderes da região recordam seu apoio firme à construção de uma nova América Latina.
Logo depois de ser divulgada a notícia do seu falecimento, o chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que 60 anos depois da partida do iate “Granma” do México rumo a Cuba, Fidel partiu rumo à imortalidade dos que lutam a vida toda.
No Equador, o presidente Rafael Correa revelou sua tristeza profunda pelo fato e postou em sua conta no Twitter: “Foi-se um grande. Morreu Fidel. Viva Cuba. Viva a América Latina”. Por sua vez, o chefe de Estado colombiano, Juan Manuel Santos, sublinhou que o líder revolucionário contribuiu ao fim do conflito armado nessa nação. Cuba – disse – foi um país facilitador ao longo dos quatro anos de conversações do governo com a guerrilha.
No México, o mandatário Enrique Peña Nieto lembrou que Fidel foi um amigo desse país, promotor de uma relação bilateral baseada no respeito, o diálogo e a solidariedade. Também expressaram seu pesar os presidentes da Nicarágua, Uruguai, El Salvador e outras nações da região.
O teólogo brasileiro Frei Betto, amigo pessoal de Fidel Castro, o qualificou como uma das grandes personalidades mundiais, que simboliza também o enfrentamento vitorioso contra os EUA.
O continente africano esteve muito ligado a Fidel ao longo do tempo e da história. O chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, expressou sua profunda consternação pelo falecimento do líder histórico da Revolução cubana, ocorrido na sexta-feira à noite aos 90 anos de idade. Ressaltou sua solidariedade aos povos que estavam sob o regime colonial, especialmente ao angolano, em suas lutas pela liberdade e soberania. Também, a contribuição de Cuba ao fim do regime racista do apartheid na África do Sul.
Vários governantes europeus manifestaram seu pesar pelo acontecimento. O presidente russo, Vladimir Putin, enviou mensagem de condolências a seu homólogo cubano Raúl Castro. No texto, assinala que a Cuba livre e soberana construída por Fidel e seus companheiros se tornou membro influente da comunidade internacional, exemplo e inspiração para muitos povos e nações.
No Vaticano, o papa Francisco expressou seu pesar pelo falecimento de Fidel Castro e apontou que vai orar pelo seu descanso.
O mundo, e especialmente Cuba e a América Latina, choram por um homem que ultrapassou fronteiras e épocas, e deixou de lado suas preferências pessoais para colocar sua vida à serviço da liberdade e do desenvolvimento da humanidade.