Eleições presidenciais em três países da América Latina: Equador, Honduras e Chile; eleições legislativas e locais na Argentina, México e Nicarágua, e outros eventos de natureza política terão lugar neste ano.
No Equador, o primeiro turno dos pleitos está marcado para o dia 19 de fevereiro, para eleger presidente, vice-presidente, 137 legisladores e cinco representantes para o Parlamento Andino.
O movimento Aliança País lidera as pesquisas de opinião. Seu candidato à presidência, Lenin Moreno, é favorito, mas precisa ganhar no primeiro turno, para evitar que as forças da direita conservadora se aliem contra ele caso haja segundo turno.
São eleições cruciais, nas que está em jogo o futuro da chamada Revolução Cidadã fundada por Rafael Correa, que desistiu de buscar um novo mandato.
No Chile, há dois ex-presidentes na luta pela cadeira presidencial a ser disputada no mês de novembro: Sebastián Piñera e Ricardo Lagos, porém, nos últimos meses, vem ganhando adeptos o comunicador Alejandro Guillier, que neste sete de janeiro será proclamado candidato do Partido Radical, de tendência social democrata. De acordo com as mais recentes pesquisas, Piñera ganharia no primeiro turno, mas no segundo a vitória seria de Guillier, que está convocando os partidos e movimentos progressistas a apoiá-lo.
Em novembro, também haverá eleições gerais em Honduras. O mais interessante é que a Suprema Corte de Justiça aprovou a reeleição, o que abre as portas para que o atual presidente Juan Orlando Hernández pretenda continuar em seu posto e que também possa participar o ex-mandatário Manuel Zelaya, deposto por um golpe de Estado em 2009.
Na Argentina, haverá eleições legislativas em outubro e os partidos progressistas nesse país podem aumentar o número de seus deputados e senadores,o que permitiria frear a ofensiva neoliberal do governo de Maurício Macri.
O México será teatro de eleições estaduais em junho. Não vai mudar em essência a correlação de forças, mas será uma espécie de prova para as presidenciais de 2018, em que uma das surpresas poderia ser a candidatura de Margarita Zavala, mulher de Felipe Calderón, pelo Partido Ação Nacional.
Já na Nicarágua, onde Daniel Ortega e Rosário Murillo vão assumir os cargos de presidente e vice, respectivamente, em 10 de janeiro, haverá eleições municipais neste ano e se prevê que a Frente Sandinista para a Libertação Nacional mantenha seu domínio diante de uma oposição fragmentada.
É claro que a direita reacionária vai tratar de ganhar alguma coisa nas eleições anteriormente mencionadas e provar que é falso o mito de fim do ciclo progressista na América Latina e o Caribe. E, como sempre, contará com o apoio de políticos conservadores dos Estados Unidos, interessados em reconquistar o que consideram seu pátio traseiro e seu polígono de testes de políticas econômicas que mergulharam nossos povos na pobreza e na marginalidade.