Em breve, o primeiro presidente indígena na Bolívia, Evo Morales, completará onze anos no governo que transita, desde então, o caminho do desenvolvimento econômico e social.
Tem sido mais de uma década de estabilidade política numa nação que antes de 2006 era conhecida, em nível internacional, pelos sucessivos golpes de Estado. Evo Morales é o único mandatário que obteve mais de 60 por cento de apoio da população.
Sua primeira medida teve grande impacto para a população e significou o fim do saque e da exploração pelas multinacionais estrangeiras dos recursos naturais bolivianos. A nacionalização dos hidrocarbonetos permitiu que permanecesse nas mãos de seus donos legítimos 82 por cento dos lucros embolsados pela produção de petróleo e gás.
A nacionalização possibilitou que o investimento público passasse de 600 milhões de dólares em 2005 a seis bilhões de dólares em 2014, um 90 por cento proveniente do Estado.
Escolas, hospitais, postos médicos, rodovias e outras obras foram empreendidas pelo governo de Morales, para melhorar a qualidade de vida de todos os bolivianos, especialmente dos segmentos populacionais mais vulneráveis.
Criaram-se bônus sociais para melhorar as condições de vida de determinados segmentos da população, como as mulheres, os idosos e as crianças. Perto de cinco milhões de pessoas se veem favorecidas por estas iniciativas que permitiram melhor redistribuição da riqueza.
De acordo com o Ministério da Economia, 14,5 por cento da população recebe o Bônus Juana Azurduy, cujo objetivo é melhorar a saúde e alimentação de mães, meninas e meninos, e contribuir para a redução da taxa de mortalidade materno-infantil.
O Bônus Juancito Pinto alcança 19,9% da população e seu propósito é diminuir a taxa de deserção escolar. Já a Renda Dignidade se entrega a 11% da população a fim de melhorar a qualidade de vida dos idosos, maiores de 60 anos, sem exceção.
Como resultado da política de redistribuição de rendas, a extrema pobreza diminuiu de 38,2%, em 2005, a 17,3% em 2014. A Bolívia também deixou de ser o país mais pobre da América do Sul.
Nos últimos anos, a Bolívia exibe o mais elevado crescimento econômico do Produto Interno Bruto no sul de nosso continente, e um vasto programa de investimentos estatais projeta convertê-la no coração energético da região.
A aprovação da nova Constituição de 2009 foi um acontecimento significativo, porque a partir desse instante se garantiram os direitos sociais dos bolivianos.
Sob a direção de Evo Morales e do Movimento ao Socialismo, a Bolívia, hoje, é outra nação, respeitada em nível mundial por seus avanços na luta contra a desigualdade social, em favor da justiça social e seu impulso rumo ao desenvolvimento industrial, sem descuidar a Mãe Terra.
Prova disso é o apoio majoritário para que o país ocupasse uma cadeira como membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU desde 1o de janeiro e a presidência pro tempore que exerceu em 2014 no Grupo dos 77+China.