Desde que em 2004 Cuba e Venezuela deram vida à ALBA, Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, esse mecanismo de integração se transformou numa alternativa real, principalmente pelo princípio de trabalhar em benefício de todos.
O Caribe tem uma presença importante nesse bloco, e agora terá mais com o pedido formal de entrada feito por Granada e Saint Kitts e Nevis. A solicitação foi divulgada durante a recente Cúpula da CELAC, Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, em Havana.
Dessa área geográfica já são membros Santa Luzia, Dominica, São Vicente e Granadinas, e Antigua e Barbuda. Aliás, nos últimos anos essa iniciativa, surgida por ideia do líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, e do falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi crescendo em número de membros.
A ALBA é um mecanismo de cooperação solidária que desde sua fundação trabalha por erradicar a pobreza, a fome e o analfabetismo, entre outros males sociais. E constitui uma boa opção para os pequenos países insulares do Caribe.
Na Cúpula da CELAC em Havana, o presidente cubano, Raúl Castro, sublinhou que as ilhas caribenhas requerem uma atenção especial a seus problemas, agravados pelos efeitos da crise econômica e financeira global e a influência das mudanças climáticas.
Cabe recordar que Granada e Saint Kitts e Nevis fazem parte, também, da PETROCARIBE, criada para contribuir à independência energética desta zona, inserida no projeto da ALBA.
Além de facilitar combustível a preços razoáveis e condições de pagamento favoráveis às economias mais fracas, PETROCARIBE promove o uso correto dos recursos energéticos e busca reduzir o desequilíbrio existente nessa matéria entre as nações da região.
O premiê de Saint Kitts e Nevis, Denzil Douglas, defendeu esse passo ao ressaltar os grandes benefícios que recebem os integrantes da ALBA, principalmente quanto ao desenvolvimento de cada um.
No caso de Granada, a invasão militar norte-americana de 1983 ceifou seus projetos e conquistas econômicas e sociais, alcançadas sob o então governo de Maurice Bishop, assassinado pouco antes dessa ação imperialista.
A ALBA leva em conta as realidades e necessidades de cada um de seus membros para criar as condições que lhes permitam avançar em seu desenvolvimento econômico, sempre respeitando a soberania de cada Estado e fomentando relações de colaboração solidárias.
(M.J. Arce, 11 de fevereiro)
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