Por Guillermo Alvarado
A decisão do governo dos Estados Unidos de liberar uma pequena parte dos documentos sobre o assassinato do ex-presidente John F. Kennedy, cometido em Dallas, estado de Texas, em 1963, foi ocasião propícia para certificar os sinistros planos preparados em Washington para justificar uma agressão militar contra Cuba.
Entre os 2.800 documentos secretos publicados há vários que têm a ver com programa elaborado por uma comissão especial, da que fazia parte a Agência Central de Inteligência – CIA – conhecido como “Operação Mangosta” cuja finalidade era acabar com a Revolução vitoriosa em 1o de janeiro de 1959.
Uma parte do plano era criar o caos em Miami e noutras cidades norte-americanas por meio da detonação de explosivos, assassinatos de líderes da emigração cubana e inclusive atacar embarcações que transportassem pessoas que tentavam chegar às costas norte-americanas. Tudo isso para culpar e desmoralizar o governo revolucionário justificando uma intervenção militar.
Os aparatos de inteligência dessa nação já tinha experiência neste tipo de ações, que executaram contra o governo da Guatemala da década da democracia – de 1944 e 1954 – e no Vietnã, anos mais tarde.
A mídia deu foco à publicação dos mencionados documentos, mas chama a atenção que a imprensa ocidental principalmente fala do assunto como uma operação que tinha ficado no papel. Isso não foi bem assim.
É verdade que não se realizaram os atos de provocação em Miami que teriam feito dezenas, ou talvez centenas de vítimas, mas as agressões que se prepararam contra Cuba ou interesses cubanos no exterior, essas sim foram levadas a efeito.
O primeiro passo foi acolher em território dos EUA esbirros, torturadores e assassinos que estiveram ao serviço da tirania de Fulgêncio Batista, bem como políticos e funcionários corruptos e ladrões que, fugindo da justiça, correram para os Estados Unidos e se disfarçaram de “combatentes pela liberdade”.
Entre esses “anjinhos” há terroristas confessos da laia de Luis Posada Carriles, Orlando Bosch, Félix Rodriguez, Manuel Artime, Eugenio Martinez e outros “patriotas” que não hesitaram em invadir seu próprio país por Playa Girón e cometeram numerosos assassinatos sob o manto protetor de políticos como Ileana Ross-Lehtinen e Lincoln Días Balart.
Além de dezenas de intentos de assassinatos contra o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro e outros dirigentes, foram colocadas bombas, explodido um avião civil cubano em voo com 73 pessoas a bordo e se introduziram pragas para destruir culturas estratégicas, como a cana-de-açúcar e o tabaco.
A guerra biológica planejada nos Estados Unidos englobou a propagação do vírus que causa a dengue hemorrágica, que matou 158 pessoas, sendo 101 delas crianças.
Cuba continua sendo agredida. O atual governo norte-americano de Donald Trump exacerba o ódio contra a Revolução e o povo cubano que teve a coragem de se erguer, escolher seu próprio caminho e demonstrar com seu exemplo que o capitalismo não resolve os problemas mais graves da humanidade.