Por Maria Josefina Arce
Faz 13 anos, sob o governo do então presidente Hugo Chávez, a Venezuela obteve uma grande conquista em matéria de direitos humanos. Em outubro de 2005, a UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – declarava a nação sul-americana Território Livre de Analfabetismo.
Todos os venezuelanos, sem distinção de gênero, idade ou religião, foram beneficiados pela Missão Robinson, estabelecida por Hugo Chavez para dar a oportunidade de aprender a ler e escrever aos analfabetos saldando assim a herdada dívida histórica em matéria educativa.
No âmbito do mencionado programa, 70 mil indígenas foram alfabetizados em seus idiomas originários e em espanhol, 2.725 convictos e 7.154 pessoas portadoras de deficiências.
Em geral, mais de 1,5 milhão de pessoas foram alfabetizadas com o método cubano 'YO SI PUEDO', reconhecido em nível mundial com vários prêmios por sua eficácia e a economia de recursos.
Professores cubanos apoiaram o esforço das autoridades venezuelanas para levar educação a todos. Vale recordar que Cuba, em 1961, foi o primeiro país da América Latina e o Caribe declarado Território Livre de Analfabetismo, graças à campanha de alfabetização implementada pelo governo revolucionário.
Os cooperantes cubanos compartilharam essa experiência com seus colegas venezuelanos e se apoiaram no programa YO SI PUEDO, que se baseia no aprendizado por meio de cartilhas e lições que combinam números e linguagem.
Cuba também contribuiu doando televisores, manuais, bibliotecas familiares e óculos, isto porque a alfabetização revelou os problemas oftalmológicos que padecia uma fatia da população.
A ajuda cubana foi altamente considerada por Caracas. Daquela feita, o presidente Chávez afirmou: “Sem Cuba, a Missão Robinson não teria funcionado”.
Porém, a vontade política das autoridades venezuelanas de garantir um direito humano como a educação, não parou na campanha de alfabetização. Viriam outras Missões Robinson, para o prosseguimento dos estudos e, dessa maneira, elevar o bem-estar dos venezuelanos.
A Revolução Bolivariana obteve, há 13 anos, uma conquista de grande impacto social na educação, um setor que hoje, sob a presidência de Nicolás Maduro, também recebe uma grande atenção em razão de sua importância para o desenvolvimento da Venezuela e o avanço rumo a uma sociedade mais justa, sem desigualdades.