Por: Maria Josefina Arce
A 36a Feira Internacional de Havana mostrou mais uma vez que a maioria da comunidade internacional confia em Cuba, em seu prestígio, sua seriedade e responsabilidade. Por isso, desafiando a extraterritorialidade do bloqueio norte-americano, muitas nações acorrem à capital cubana para estarem presentes num evento que se tornou uma das maiores bolsas comerciais da América Latina e o Caribe.
A participação estrangeira aumenta a cada ano e novos negócios são fechados, porquanto as empresas também querem desenvolver suas atividades em Cuba, que, para lá de sua estabilidade política e social, conta com um sistema jurídico que protege o investimento estrangeiro.
Panamá e Canadá, por exemplo, sustentam fluente intercâmbio comercial com a Ilha e que deve aumentar levando em conta seu interesse de consolidar as relações com Cuba.
Assim manifestou o presidente panamenho, Juan Carlos Varela, que esteve aqui e inaugurou o pavilhão de seu país na recém-finalizada Feira Internacional de Havana, na que expuseram seus produtos perto de 20 empresas panamenhas das áreas de alimentos, bebidas, medicamentos e serviços (já presentes em Cuba), além de uma delegação da Zona Livre do Panamá e do Ministério de Comércio e Indústrias desse país.
Juan Carlos Varela afirmou que as relações comerciais e o turismo irão se ampliando entre as duas nações. Além disso, as conexões aéreas vão se multiplicar. Hoje em dia, já tem voos diários da Cidade do Panamá para Havana, Holguin e Santa Clara.
O comércio entre Cuba e Panamá em 2017 montou em mais de 400 milhões de dólares em reexportações.
Varela prestigiou o ato de assinatura de um acordo entre as Câmaras de Comércio de Cuba e Panamá que permite criar um Comitê Empresarial Bilateral com encontros anuais para propulsar as relações econômicas e comerciais entre as duas nações.
A presença de empresas canadenses na Feira Internacional de Havana também merece destaque. O comércio entre Canadá e Cuba aumentou 13 por cento nos primeiros seis meses de 2018 em relação com o mesmo período do ano passado.
Nos últimos três anos vem crescendo o interesse das empresas canadenses em se estabelecer em Cuba.
Na 36a Feira Internacional de Havana estiveram presentes 38 empresas da indústria química, construção, energia, agroalimentar e transporte.
A presidente da Câmara de Comércio e Indústria Canadá-Cuba, Nancy Lussier, disse que um dos maiores atrativos de Cuba é que exibe um mercado estável e nossos empresários – disse -querem concentrar seus esforços num projeto de longo prazo, porque sabem que isso vai contribuir para o sucesso de suas empresas.
O intercâmbio é alentador e queremos continuar buscando pontos de interesse comum para que os negócios entre as duas nações continuem crescendo, explicou Nancy Lussier.
Panamá e Canadá são apenas dois exemplos das muitas nações que estão interessadas em ampliar suas relações comerciais com Cuba e participar ativamente de seu desenvolvimento econômico.