A bacia do rio Toa, no leste de Cuba, é uma das principais reservas de bosques do país e tem sido favorecida pela política do governo encaminhada a preservar o meio ambiente.
Mais de 49 mil hectares dessa zona hidrográfica, pertencente à província de Guantánamo, foram beneficiados na última década com medidas de conservação e melhoria dos solos e da vegetação.
Volumosos recursos foram investidos nesses planos, levando em conta o valioso endemismo da fauna e flora locais, além do fato de encontrar-se ali grande parte dos bosques tropicais úmidos do arquipélago cubano.
Em 2001 começou a ser aplicado um programa destinado a frear a erosão e melhorar a qualidade dos solos. Cabe recordar que esta zona foi qualificada pelo geógrafo e pesquisador cubano Antonio Núñez Jiménez como a maior “fábrica” de águas do Caribe insular.
Destaque para a plantação de árvores e outras espécies da flora, a construção de barreiras, a incorporação ao terreno de adubo verde e restos de colheitas, e a drenagem simples.
O projeto da bacia do rio Toa se soma a outros levados adiante noutras zonas do território cubano com vistas a preservar o entorno natural. Podemos mencionar o programa nacional de reflorestamento, que permitiu aumentar a área de bosques.
Em 1959, quando triunfou a Revolução cubana, apenas 13,4% do país estava coberto de árvores. No ano passado, esse indicador chegou a 28,7%.
Por outro lado, 70% do patrimônio florestal da nação corresponde a áreas de conservação e proteção. Isso tem levado a que o Instituto de Recursos Mundiais coloque Cuba no 15º lugar entre mais de 200 países quanto ao valor e número de plantas endêmicas.
As autoridades cubanas estão cientes de que o patrimônio florestal constitui um recurso estratégico para o desenvolvimento de toda nação, porque contribui com recursos e bens materiais à economia e à sociedade. Mas para isso, é preciso praticar a sustentabilidade ambiental.
As diretrizes da política econômica e social do Partido Comunista e da Revolução, que regem o processo de atualização do modelo cubano, inclui a estratégia para preservar e reabilitar os recursos naturais, entre eles os bosques, para poder avançar rumo a um socialismo próspero e sustentável.
(M.J. Arce, 26 de março)