M.J. Arce
O bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba desde o começo dos anos 60 se intensificou durante o mandato do atual presidente Donald Trump. Porém, no mundo não esmorece a solidariedade ao povo cubano e constantemente se escutam vozes para condenar o caráter genocida e irracional dessa medida unilateral.
Recentemente, a presidente da Assembleia Geral da ONU, Maria Fernanda Espinosa, denunciou o impacto negativo dessa política hostil. Durante visita à Rússia, lembrou que há mais de 25 anos vem sendo aprovadas nesse órgão resoluções que pedem o fim do cerco a Cuba, mas Washington faz ouvidos moucos a esse clamor da comunidade internacional.
Em junho passado, durante viagem a Havana, Espinosa destacou que a esmagadora maioria de países respalda o documento pelo fim do bloqueio, e apontou que a Carta da ONU não permite a adoção de medidas unilaterais que afetem a população.
No ano passado, pela 27ª ocasião, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução nesses termos, indicando que seu caráter extraterritorial prejudica as relações econômicas, comerciais e financeiras de Cuba com outros países. Estima-se que de abril de 2017 a março de 2018 o bloqueio norte-americano ocasionou danos no montante de mais de quatro bilhões de dólares.
A denúncia de Espinosa não é a única. Muitas outras são feitas em várias partes do mundo, tornando evidente que o rechaço à política hostil de Washington contra esta Ilha é global.
Na Bolívia, o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, disse que o bloqueio a Cuba e a ativação plena da chamada lei Helms – Burton são “expressões da maior crueldade que encarna o império estadunidense”.
Por sua vez, editorial do “Jornal de Angola”, o de maior circulação no país africano, condenou o cerco a esta Ilha, instaurado há quase 60 anos. Na Argentina houve uma Cantata por Cuba, na qual artistas das duas nações pediram o fim do assédio contra o povo cubano, considerado o mais longo da história.
Nestes dias, as brigadas de solidariedade Venceremos e Latino-americana e Caribenha, de visita em Cuba, coincidiram em tachar o bloqueio de ato de genocídio.
Porém, as autoridades norte-americanas fazem ouvidos moucos ante o clamor internacional, num contexto em que governos, organizações e personalidades condenam abertamente a medida desumana.
Junto aos cubanos em sua luta pelo fim do acosso estão muitas pessoas no mundo todo, comprometidas com a paz que se vê ameaçada dia a dia pelas ações unilaterais e criminosas dos EUA.