G. Alvarado

Finalmente, o ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva saiu da prisão de Curitiba onde tinha permanecido 580 dias devido a um processo viciado e cujo propósito era impedir que se candidatasse à presidência nas eleições de 2018.

Deram liberdade ao fundador e líder do PT por decisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil que decidira eliminar a prisão em segunda instância no caso dos indiciados que não tinham esgotado todos os recursos para provar sua inocência, porquanto essa prática viola a Constituição vigente.

A notícia percorreu o mundo num instante e estalaram de alegria seus seguidores, simpatizantes, amigos e, naturalmente, todas aquelas pessoas que defendem a justiça e a verdade.

Rodeado da multidão, o ex-governante agradeceu a todos que se mantiveram alentando-o fora dos muros da prisão, sob chuva e sol, nos dias de frio ou calor.

Vocês – disse Lula – alimentaram a democracia que eu precisava para resistir e deixou claro que o governo não tinha apreendido um homem e sim uma ideia e não atacava sua pessoa, mas toda a esquerda. E anunciou que, nos próximos dias, vai percorrer o Brasil.

Agora Lula e seus advogados vão encaminhar recursos a instâncias superiores, como o Supremo Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal para exigir o fim do processo por causa das irregularidades cometidas pelo seu principal acusador, o antigo juiz Sérgio Moro, hoje membro do gabinete de Jair Bolsonaro.

Nunca houve provas da suposta corrupção imputada a Lula e a montagem toda se baseou em suposições e na “convicção pessoal “de Moro, coisas que carecem de valor legal perante um tribunal que se respeite.

O que sim está bem claro é que se trata de perseguição política disfarçada de processo judicial, o que vem sendo chamada “lawfare”, que se utilizou igualmente contra os ex-presidentes Rafael Correa, do Equador, e Cristina Fernández de Kirchner, da Argentina.

A liberdade de Lula era um clamor mundial. Recentemente em Cuba circulou um abaixo-assinado que juntou mais de dois milhões de assinaturas em todo o país para exigir a cessação da infâmia que colocou em dúvida e enlameou o sistema de justiça do Brasil.

Sabemos que ainda falta para que a verdade saia vitoriosa definitivamente, mas foi dado um passo importante que foi bem acolhido por todos os homens de boa vontade, aqueles que acreditam em que um mundo melhor é possível, onde prevaleçam as ideias da paz, a amizade, a cooperação, a igualdade e a justiça para todos, sem distinção.