Chuva de críticas sobre Trump

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-01-15 11:29:32

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Por: Guillermo Alvarado

O presidente dos EUA Donald Trump brincou com fogo no Oriente Médio ao mandar assassinar o general iraniano Qasem Souleimani, o que lhe valeu críticas não só na palestra internacional, mas também de seus próprios cidadãos.

Pesquisa divulgada faz alguns dias assinala que 56% dos entrevistados reprovam a política do chefe da Casa Branca com relação ao Irã e 73% estão preocupados com a possibilidade de uma nova guerra na região.

A pesquisa foi feita pelo grupo ABC News e a firma especializada Ipsos entre 10 e 11 de janeiro, após o atentado contra Souleimani e o ataque de Teerã com mísseis dirigidos contra uma base iraquiana, onde há pessoal norte-americano.

Conforme os dados, Trump goza de apoio majoritário entre os membros do partido Republicano, com 87% de aprovação, enquanto isso 90% dos democratas rejeitam as ações do presidente.

Amy Goodman, do portal Democracy Now equipara o comportamento de Trump com o de George W. Bush quando inventou um monte de mentiras para justificar o ataque contra o Iraque em 2003.

Goodman utiliza declarações do coronel Lawrence Wilkerson, que tinha sido chefe de Gabinete do então secretário de Estado Colin Powell, e presenciou como se fabricou a trama toda para enganar os EUA e boa parte do mundo antes de invadir o Iraque.

Wilkerson assegurou que o mesmo roteiro está sendo aplicado hoje pelo presidente Trump, para criar falsa ideia de que a guerra é a única opção contra as supostas ameaças iranianas.

Não é preciso lembrar que o chefe da Casa Branca se manifesta como mentiroso patológico desde que ocupou o cargo, com a média de 12 mentiras ao dia.

O jornal Washington Post revelou que no mesmo dia em que Souleimani foi assassinado em Bagdá, o Pentágono fracassou numa operação similar no Iêmen cujo propósito era matar o comandante Abdul Reza Shahlai, do corpo de Guardiões da Revolução Iraniana.

Na verdade, não se acionou um plano defensivo, e sim um projeto para eliminar altos mandos iranianos, enfraquecer sua força militar e submetê-los pelas armas. Entre isso e a guerra não tem diferença, o que justifica o temor e a desconfiança do povo norte-americano com relação à cúpula que tem nas mãos o destino do país.



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