Por Maria Josefina Arce
A COVID-19 avança vertiginosamente pela América Latina e o Caribe onde já tem mais de seis mil contagiados.
Os pequenos países insulares do Caribe se uniram em busca de uma estratégia comum para enfrentar a pandemia, que colapsou os sistemas de saúde de nações mais desenvolvidas.
A 1ª Reunião Extraordinária de Ministros das Relações Exteriores e de Saúde da Associação de Estados do Caribe – AEC – se realizou mediante uma videoconferência.
Durante o encontro, Cuba destacou a importância de concentrar esforços no enfrentamento à pandemia que, como afirmara o chanceler Bruno Rodriguez, não respeita fronteiras, nem ideologias, e representa um desafio não só em tempo presente, mas também futuro devido às suas graves conseqüências para o desenvolvimento econômico.
Nessa direção, propôs organizar nos próximos dias um workshop técnico virtual entre os especialistas da saúde para trocar experiências e informações de interesse que ajudem a combater a COVID-19.
A proposta cubana inclui convidar outras nações a participarem, como Estados Unidos e Canadá, para ampliar a coordenação e o intercâmbio.
Bruno Rodriguez reiterou a disposição de Cuba de colocar suas experiências, recursos humanos e medicamentos à disposição de seus vizinhos.
Aliás, profissionais da saúde cubanos já se encontram em vários países membros da AEC, como Jamaica, Suriname, Granada e Venezuela. E, em breve, uma brigada de médicos também viajará a Dominica. Cuba e seus vizinhos do Caribe têm uma longa história de cooperação que abrange vários setores, sendo um deles a saúde.
Médicos cubanos prestaram assistência a essas nações insulares, aos que estão unidos por laços de irmandade e desafios comuns como o que representa agora o COVID-19.
Outro exemplo desta colaboração, que começou na década de 1970 na Jamaica, é a Escola Latino-Americana de Medicina, com sua versão caribenha cuja sede fica em Santiago de Cuba, no leste cubano.
Em desastres naturais, o Caribe sempre contou com a ajuda médica cubana, e todos os programas de colaboração desse setor beneficiaram a região.
Cuba não esquece seus irmãos caribenhos, que desafiando pressões e chantagens dos EUA estão do lado do povo cubano e defendem seu direito de construir seu futuro sem ingerências estrangeiras.