Por Maria Josefina Arce
A situação no mundo é complicada e tensa. A humanidade está enfrentando a uma doença muito contagiosa e letal. As imagens e as informações veiculadas no planeta não são nada alentadoras. O bom senso indica que uma frente comum guiada pela ONU e a Organização Mundial da Saúde seria o caminho mais inteligente para combater à Covid-19.
Infelizmente está não é uma opção para alguns, como os Estados Unidos que, no meio da pandemia, não abrem mão de seus interesses egoístas e hegemônicos. Mandam navios de guerra e soldados contra outras nações, insistem em sanções genocidas e atacam os que têm a generosidade de colocar seus recursos humanos e materiais em função de ajudar outros.
Cuba reitera sua chamada à solidariedade e afirma que a atual pandemia mostra a necessidade de cooperação a despeito das divergências políticas, porque a doença causada pelo novo coronavirus não respeita nem fronteiras nem ideologias.
Enquanto nações como China e Cuba, além de proteger seus cidadãos, concentram esforços adicionais em assistir a outros países necessitados, os Estados Unidos teimam em suas posturas irracionais e, como bem assinala a chancelaria cubana, atacam o multilateralismo e buscam desclassificar a liderança da OMS.
Ao invés de se preocuparem com os milhões de norte-americanos que não possuem seguros médicos, nem teto, ou passam fome, arriscam a vida de seus cidadãos perdendo tempo e dedicam suas energias a ameaçar aquelas nações que solicitem a ajuda médica de Cuba.
Dói aos Estados Unidos que a menos de 90 milhas de distância um pequeno país tenha ousado encará-los. Não conseguem esquecer a humilhante derrota em Playa Girón, em 19 de abril de 1961. Dói que muitos no mundo admirem as conquistas do povo cubano e o acompanhem em sua justa luta pela cessação do genocida bloqueio.
O mundo está em uma encruzilhada. Há quase trinta anos, o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, advertia na Cúpula da Terra, realizada na cidade brasileira do Rio de Janeiro que a espécie humana estava em perigo de extinção por causa da atitude irracional e egoísta dos mais ricos.
Sem dúvida, correm tempos de cooperação. A declaração da Chancelaria cubana é explícita: os países com mais recursos devem apoiar os mais afetados e os que foram flagrados por esta emergência sanitária despreparados.
É preciso, também, pôr fim a sanções econômicas contra outras nações devido a pressão que representam para dar uma resposta apropriada à doença causada pelo novo coronavírus e garantir a vida de milhões de pessoas.
O mundo está em uma encruzilhada. Do caminho que se tome depende seu futuro. Esta é a oportunidade de se unir e coordenar ações conjuntas que nos levem a superar a difícil situação que afeta todos, sem distinção.