Nestes dias tem sido intensa a atividade diplomática na América do Sul confirmando o empenho em avançar na consecução de fluentes e amistosas relações entre as nações a fim de aprofundar a integração e consolidar a região como zona de paz.
Em sua primeira visita ao exterior, depois de ter assumido o seu segundo madato em março passado, a presidente do Chile, Michele Bachelet, se reuniu em Buenos Aires com sua colega argentina, Cristina Fernández. Ambas concordaram em relançar os vínculos bilaterais dando novo impulso ao Tratado de Maipu, que tinham assinado as duas presidentes em 2009 para fortalecer as relações sociais, econômicas e culturais.
Tanto Bachelet quanto Fernandez impulsionam a criação de um corredor bioceânico, que engloba uma conexão ferroviária através da Cordilheira dos Andes, para facilitar o comércio dos países sul-americanos com outras regiões do mundo, como a Ásia.
Ambas julgam que cada país em separado não pode avançar o necessário em seu desenvolvimento social e econômico. “Nós precisamos uns dos outros para potenciar o nosso desenvolvimento”, realçou Fernández falando com a imprensa.
Nesta direção, e em gesto de boa vontade, Equador, Colômbia e Peru, países que outrora tiveram conflitos e travaram até enfrentamentos armados, traçaram estratégias comuns para tornar suas fronteiras mais seguras.
Os ministros da Defesa dos três países, reunidos em Quito, coincidiram na necessidade de trocar informação, e executar ações contra o tráfico ilegal de armas, de drogas, e outros delitos que atentam contra a segurança das fronteiras terrestre, marítima, fluvial e áreas comuns.
O encontro foi qualificado de histórico ao marcar significativa fase no processo de integração no quadro da Defesa, e responde ao desejo comum de fortalecer a cooperação, traçar políticas e concentrar esforços na luta contra as ameaças comuns e a busca de melhores condições de vida para os povos que vivem nas fronteiras.
Sem dúvida, a América do Sul não vai parar até sua integração plena e frutífera, que permita avançar unidos em direção a um futuro melhor para os seus povos, como sonharam os próceres da independência latino-americana e pela que tinha trabalhado intensamente o presidente venezuelano Hugo Chávez.