Governo do Equador não prioriza a educação

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-09-15 20:46:15

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Por Maria Josefina Arce

O governo do presidente equatoriano Lenin Moreno continua fazendo das suas. Um de seus projetos mais urgentes é reduzir de novo as verbas destinadas à educação.

Em maio passado, estudantes e professores saíram às ruas em protesto contra as intenções do executivo que quis justificar o corte das verbas ao sistema educativo com a esfarrapada desculpa de que tinha baixado a arrecadação de impostos por causa da Covid-19.

A pandemia prejudica a economia, ninguém nega, porém o que as autoridades não dizem e todos sabem é que as medidas de ajuste exigidas pelo FMI – Fundo Monetário Internacional – para a liberação de empréstimos envolvem cortes orçamentários em áreas essenciais.

O corte de verbas foi suspenso por medidas cautelares encaminhadas à Justiça, contudo, nos últimos dias, a Corte Constitucional revogou esses recursos dando luz verde ao Ministério de Finanças para levar o assunto adiante.

A impopular ação implica um corte de mais de 98 milhões de dólares, e prejudica 32 institutos de educação. O trabalho acadêmico, os salários, a estabilidade de professores e empregados, e, especialmente o número de vagas para entrar no ensino superior estão seriamente ameaçados.

As informações revelam que quatro de dez jovens equatorianos não poderão fazer a faculdade.

A Universidade Central, em Quito, a capital, já suspendeu a matrícula estudantil do ano letivo 2020-2021 para examinar a situação.

Outras faculdades manifestaram preocupação com o grave dano que sofrerá a qualidade educativa.

Alunos e professores estão indignados com o novo corte, que, afirmam, vulnera o direito à educação superior dos equatorianos e põe em perigo o futuro da nação.

A Federação de Estudantes Universitários do Equador denunciou a política neoliberal do presidente Lenin Moreno, que já causou dano a milhares de jovens ao terem sido eliminados programas de bolsas de estudo.

Sob o atual governo, os equatorianos viram prejudicado seu direito à educação, que tinha sido uma área de prioridade durante o governo do ex-presidente Rafael Correa, que sempre procurou oferecer um melhor país para todos.

 



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