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Por Guillermo Alvarado
Eleições haverá em vários países da America Latina em 2021. Tais pleitos estarão marcados pelas consequências da pandemia da Covid-19 e o descontentamento ou a indiferença da população pela chamada “classe política”.
Há muitas pessoas que perderam tudo por causa das medidas de restrição aplicadas para conter os contágios, em primeiro lugar as que ganham o pão no setor informal, os donos de empresas de pequeno e médio porte ou trabalhadores dos serviços.
É comum que joguem a culpa nos governos por não tê-los protegidos como deviam e isso vai influenciar os resultados das eleições.
As primeiras estão bem perto, acontecerão em 7 de fevereiro, no Equador, onde serão eleitos presidente, vice, legisladores e representantes para o Parlamento Andino.
Há 16 candidatos para presidente, porém os analistas coincidem em que só três têm chance de ganhar: o economista Andrés Aráuz, da coalizão progressista União pela Esperança, o banqueiro Guillermo Lasso, da aliança CREO – Partido Social Cristão, e o líder indígena Yaku Pérez Guartambel, indicado pelo movimento Pachakutik.
Já no dia 11 de abril, vão rivalizar no Peru 18 candidatos à presidência de todo o leque político dessa nação que foi conturbada no ano passado por uma profunda crise política, teve três presidentes passageiros: Martin Vizcarra, Manuel Merino – que durou poucas horas – e o atual Francisco Sagasti.
As pesquisas de opinião dão pequena vantagem para George Forsyth, de Restauração Nacional, porém é muito difícil esquadrinhar quem tem as maiores possibilidades entre tantos candidatos.
As eleições gerais no Chile acontecerão em 21 de novembro e ainda não há candidatos firmes, porém se cogita bom número de nomes. O certo é que os pleitos ocorrerão enquanto se redige a nova Constituição, que substituirá a que data do tempo de Augusto Pinochet, ainda em vigor.
Novembro também será um mês eleitoral em Honduras e Nicarágua. Neste último país se prevê o endurecimento das agressões dos Estados Unidos contra a Frente Sandinista de Libertação Nacional com o propósito de criar desordens e favorecer assim os grupos contra-revolucionários.
Nesse meio tempo, os governos de Andrés Manuel López Obrador, do México, e Alberto Fernández, da Argentina terão de enfrentar respectivamente em junho e outubro, eleições legislativas determinantes para finalizar com êxito seus mandatos. Em próximos comentários vamos esmiuçar cada um dos processos anteriormente mencionados que, por sinal, podem modificar o mapa político regional.