Equador: dias decisivos

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2021-02-02 18:06:57

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Prensa Latina.

Guillermo Alvarado

No domingo, 7 de fevereiro, haverá eleições gerais no Equador que poderiam mudar o rumo do país, castigado, hoje, pela pandemia da Covid-19, os ditados do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a incapacidade do governo atual para lidar com a crise sanitária.

Serão eleitos o novo presidente do país, o vice, os membros da Assembleia Legislativa e as autoridades locais.

Optarão pela presidência 16 chapas, embora as intenções de votos indiquem que apenas dois candidatos têm verdadeiras chances de ganhar e provavelmente em segundo turno.

O favorito é o economista Andrés Arauz acompanhado pelo jornalista Carlos Rabascall, ambos indicados pela coalizão progressista União pela Esperança, que resgata os postulados do movimento Revolução Cidadã, do ex-presidente Rafael Correa.

A média de nove enquetes concede a Arauz 34,7 por cento dos votos e a seu rival mais próximo, Guillermo Lasso, 26 por cento. Este último é o candidato da organização direitista CREO, que representa os setores mais conservadores e endinheirados do Equador.

Conforme as leis eleitorais vigentes, ganha no primeiro turno quem obtiver a metade mais um dos votos, ou alcançar 40 por cento e vantagem de dez por cento sobre o segundo lugar.

Sem dúvida, essa é a melhor opção para a chapa Arauz-Rabascall, levando em conta todas as barreiras que as autoridades colocaram em seu caminho para impedir sua participação.

Nos últimos dias, circulou inclusive a notícia de que o Conselho Nacional Eleitoral pretendia suspender os pleitos sob o pretexto da pandemia da Covid-19. É claro que a intenção era evitar eventual vitória da União peça Esperança.

Há um fator que vai incidir de maneira negativa sobre os resultados: o desinteresse da população pelas eleições. Segundo pesquisas de opinião pública, 37 por cento dos equatorianos não se importam com os pleitos.

A péssima gestão da pandemia pelo atual presidente Lenin Moreno permitiu que a doença se apossasse do país, o que dificulta muito a realização de atos de campanha para despertar o entusiasmo das pessoas e animá-las a votar.

Estes são dias decisivos, os equatorianos devem meditar profundamente em como transformar o destino de seu país e conduzi-lo da dor e a incerteza para a esperança e o otimismo.  

 

 



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