Maria Josefina Arce
As autoridades cubanas prestam especial atenção ao segmento populacional infanto-juvenil, onde disparou o número de contagiados pela Covid-19, nas últimas semanas.
Desde que essa doença entrou no país se adotaram medidas para a proteção de todos, especialmente os segmentos mais vulneráveis como os idosos, as crianças e os adolescentes.
Imediatamente foram suspensas as aulas presenciais e, em articulação com a televisão, as lições foram ministradas através desse meio em diferentes níveis educativos até que fosse possível retomar o ano letivo.
Ora Cuba vive uma complicada situação epidemiológica e o ano letivo foi novamente suspenso nas províncias onde se registram muitos casos, ao mesmo tempo, se reforçam as aulas por televisão.
A empresa de telecomunicações ETECSA apóia os esforços das autoridades educativas nesse sentido.
É claro que ao esforço do governo se deve agregar a responsabilidade de todos. Não cessam as chamadas às famílias para que reforcem as medidas de segurança, especialmente, das crianças que não compreendem a situação epidemiológica que o país está enfrentando.
Se insiste na importância de os menores permanecerem em casa. Felizmente, até hoje, não tivemos de lamentar a morte de nenhum graças ao oportuno atendimento médico, porém é preocupante o número de contagiados, alguns até precisaram de cuidados intensivos.
O governo também presta muita atenção às sequelas da doença para o futuro desenvolvimento psicológico e físico dessa faixa etária, e a ciência investiga os possíveis danos.
A chefa do Grupo Nacional de Pediatria, a doutora Lissette López, explicou que algumas crianças e adolescentes padeceram transtornos de ansiedade ante a separação de seus familiares, depressão, fobias e pânico.
A rápida atenção terapêutica permitiu reverter estes problemas e não houve danos em sua saúde mental.
Todavia, o contágio com a Covid-19 também tem impactos biológicos. Segundo a doutora López, o estudo que se realiza revela danos cardiovasculares, respiratórios, renais e hematológicos.
Não obstante as condições econômicas que o país defronta por causa da pandemia e o bloqueio norte-americano, o governo investe notáveis recursos no combate à doença e proporciona apropriado atendimento médico a cada cidadão.
Sem falar na dedicação de todos os profissionais da saúde e o compromisso da ciência com a proteção dos cidadãos que fez com que o país pudesse contar com provados protocolos e com cinco candidatos vacinais.
Todo esse empenho, porém, deve contar com o comportamento responsável de cada cidadão. Proteger os mais vulneráveis, como as crianças, deve ser a prioridade de todos.