Venezuela intensifica sua ofensiva econômica

Editado por Juan Leandro
2014-06-09 16:36:25

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A violência não tem sido o único meio utilizado pela direita venezuelana para tentar desestabilizar o governo constitucional do presidente Nicolás Maduro. A guerra econômica se insere nesse projeto da oligarquia, desesperada por retomar o poder a qualquer custo.

O propósito é claro: gerar descontentamento na população. Para combater esses planos, as autoridades venezuelanas consolidam sua ofensiva econômica, iniciada em novembro passado. As medidas aplicadas têm permitido frear atividades de especulação que distorcem o mercado e incidem diretamente no bolso dos cidadãos.

Na segunda fase da ofensiva já foram feitas 6.000 fiscalizações para proteger as massas das manipulações de empresários, que especulam na venda de produtos básicos para obter mais lucros, acima dos 30% estabelecidos na Lei de Preços Justos.

O setor automotriz é um dos mais fiscalizados desde abril passado. Nessa área foram aplicadas quase cem multas por estoque ilegal e margem irracional de lucro. Roger Prepo, Intendente de Preços Justos, mencionou o caso da empresa de peças sobressalentes Venamerican, com sede em Caracas, que obtinha lucros acima dos 200% em vários itens.

A lista de setores mais visados pelas autoridades é liderada pelos alimentos e o comércio em geral. Aliás, a ofensiva tem a ver tanto com empresas privadas quanto estatais. O propósito é dar solução aos problemas detectados e elevar a produção em busca de erradicar os desequilíbrios na economia nacional.

As autoridades que percorrem o país buscam se aproximar da situação real na produção, abastecimento e venda nas áreas de alimentos, têxtil, calçado, automotriz e outras, como o petróleo, agropecuária, turismo e minérios. O governo venezuelano está ciente de que é preciso acelerar o crescimento econômico e elevar o índice de prosperidade, alicerces dos programas sociais iniciados em 1999 pelo então presidente Hugo Chávez.

As operações são coordenadas pelo Fundo para a Ofensiva Econômica, criado pelo chefe de Estado, Nicolás Maduro. As verbas iniciais beiram o bilhão de dólares.

Os recursos são utilizados para dar resposta às necessidades do novo modelo econômico-produtivo, a partir do chamado Governo de Rua. Esse mecanismo inovador foi colocado em funcionamento por Maduro para conhecer in loco e dar solução rápida aos problemas de cada localidade.

(M.J. Arce, 9 de junho)

 

 

 



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