Maria Josefina Arce
Em Cuba se trabalha intensamente ante a complicada situação epidemiológica existente. A presença de cepas mais agressivas da Covid-19 fez com que subisse o número de contagiados e mortos nas últimas semanas.
Diante disso, o Grupo Temporário de Trabalho para a prevenção e controle do novo coronavírus declarou a fase de transmissão comunitária para reforçar o combate à doença.
Esta fase, declarada pela primeira vez, requer a aplicação de novas medidas encaminhadas a cortar a propagação, avançar na intervenção sanitária e diminuir até onde for possível o movimento das pessoas para brecar a circulação do vírus.
E no meio do complicado panorama avança a imunização. Mais de um milhão de cubanos receberam as três doses dos nossos candidatos vacinais Abdala e Soberana 02, cuja efetividade é elevada e não têm mostrado reações adversas.
As novas ações, que se devem ajustar às características de cada província, buscam continuar com a necessária imunização que conta com o apoio de outras nações, agências das Nações Unidas e de grupos de solidariedade a Cuba com doações de seringas e outros insumos.
O mundo todo sabe que o gigantesco esforço que realizam as autoridades cubanas para proteger a saúde da população esbarra no bloqueio norte-americano, que se mantém intato apesar da emergência sanitária.
No último dia 23, a comunidade internacional reclamou de novo o fim dessa medida genocida. Cento oitenta e quatro nações condenaram na ONU pela 29ª ocasião o cerco econômico e realçaram os obstáculos que representa atualmente para que Cuba possa combater à pandemia.
Como expressara na ocasião o chanceler cubano Bruno Rodriguez, a impossibilidade de adquirir equipamentos, dispositivos, tratamentos e medicamentos idôneos representa a diferença entre a vida e a morte.
Em sua conta no Twitter, o chanceler cubano reiterou sua denúncia. Afirmou que a política de bloqueio obriga a Ilha a comprar insumos por preços elevados para a saúde.
O país inteiro realiza esforço colossal desde que surgiu o primeiro caso em território cubano, faz mais de um ano. O sistema de saúde foi ativado e a comunidade científica mobilizada. Esta está acostumada a driblar as limitações que impõe o bloqueio norte-americano dando vida a reconhecidos medicamentos, que hoje se utilizam em outras nações.
Cuba procura proteger todos seus cidadãos do vírus e de outras doenças, porém a política hostil norte-americana dificulta esse propósito justo e humano.