Por Maria Josefina Arce
A CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) é presidida desde janeiro de 2020 pelo México, que realizou excelente trabalho em prol da integração, a unidade dentro da diversidade e a cooperação, para enfrentar os desafios atuais.
O México assumiu esta responsabilidade no meio da Covid-19, quando os sistemas sanitários estão sendo testados e as economias seriamente prejudicadas.
O governo de Andrés Manuel López Obrador incentiva a solidariedade e o humanismo entre as nações membros, princípios que sustentam o mecanismo de integração criado formalmente em 2011 por iniciativa do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez.
O México acionou o Plano Regional de Combate à Pandemia no intuito de conseguir uma distribuição equitativa de insumos médicos para o atendimento aos doentes, e uma resposta multilateral à crise sanitária. Por meio da mencionada iniciativa, a CELAC mandou doações de materiais e vacinas aos países da região.
Cuba recebeu 800 mil seringas e agulhas para sua campanha de vacinação, que realiza com insumos próprios, elaborados por cientistas cubanos, apesar das dificuldades que impõe o bloqueio norte-americano.
Recebeu igualmente outros materiais para o combate à doença, e alimentos, ante os prejuízos ocasionados à economia pela emergência sanitária mundial e a política hostil norte-americana.
No final do mês de junho passado, o México doou 400 mil doses de vacinas contra a Covid-19 à Guatemala, Honduras e El Salvador. Anteriormente, tinha enviado 800 mil imunizantes à Argentina, e outros 400 mil a Belize, Bolívia e Paraguai.
Em dias recentes, mandou segundas doses a Honduras e Bolívia, e a Secretaria de Relações Exteriores confirmou o envio de outras doações à Jamaica, Paraguai, Belize e Nicarágua.
O México também defendeu o respeito à soberania e a não ingerência nos assuntos internos de outras nações, princípios inabaláveis da CELAC. Condenou o endurecimento do bloqueio norte-americano contra Cuba no meio da pandemia, e as ações desestabilizadoras dos EUA nos últimos meses.
Sempre manteve postura crítica com relação à OEA (Organização de Estados Americanos) subordinada a Washington e se presta para desestabilizar países e apóias golpes de Estado.
Igualmente promoveu o diálogo como o caminho para a paz e ações que viabilizem o desenvolvimento das sociedades. Nessa direção, auspiciou em parceria com a Noruega as negociações entre o governo da Venezuela e a oposição, que sucederam em território mexicano.
No próximo fim de semana acontecerá no México a 6ª Reunião de Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da CELAC, quando outro membro da comunidade será escolhido para a presidência pro tempore.
O México dirigiu a CELAC no período 2020/2021, seu trabalho foi bem-sucedido, foi um verdadeiro exemplo do muito que pode ser feito através da solidariedade e a cooperação.