O Caribe está presente em Cuba. A recente abertura em Havana da embaixada de Saint Kitts e Nevis contribui a aprofundar os laços regionais que desde os anos 70 têm se fortalecido e estão em constante crescimento.
As autoridades cubanas sublinharam que com a nova sede diplomática, nenhum outro país da região tem o privilégio de contar com tantos representantes da CARICOM, Comunidade do Caribe. Isso mostra os laços estreitos que unem Cuba com seus vizinhos geográficos.
Acima da diversidade evidente dos povos caribenhos, ao longo dos anos estiveram unidos por uma postura soberana e independente.
Não devemos esquecer que em 1972 os governos da Jamaica, Guiana, Barbados e Trinidad e Tobago decidiram estabelecer relações diplomáticas com Cuba. A mesma posição foi assumida depois por outros países da área, rompendo a política de isolamento que tinha sido imposta pelos EUA.
Cuba é considerada pelos caribenhos uma parte inequívoca da região. A cooperação Sul-Sul tem sido o princípio reitor das relações entre ambas as partes, baseada na colaboração mútua e integração.
As nações caribenhas reconhecem a política solidária de Cuba, espelhada nos programas de cooperação em matéria de saúde e educação, especialmente no Haiti, antes e depois do terremoto.
Destaque também para o intercâmbio cultural, através de instituições como a Casa das Américas, a Cátedra do Caribe na Universidade de Havana e a Casa de Estudos do Caribe em Santiago de Cuba, além de eventos como a Festa do Fogo e a Feira Internacional do Livro que percorre o território cubano.
Em 1995, Cuba foi uma das fundadoras da Associação de Estados do Caribe. Anos depois, em 2002, Havana foi sede da primeira Cúpula Cuba-CARICOM, por iniciativa do governo cubano.
Essa reunião coincidiu com o 30º aniversário da abertura de relações diplomáticas de Cuba com a Jamaica, Barbados, Guiana e Trinidad e Tobago.
Hoje, as autoridades cubanas continuam considerando muito importantes os laços com seus vizinhos do Caribe, que ao longo dos anos têm acompanhado o povo de Cuba em sua luta pelo fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA desde o começo da década de 1960.
(M.J. Arce, 30 de junho)