Há poucos dias estiveram em Cuba altos executivos do Google, um serviço ao qual os cubanos não têm acesso pleno por causa das leis do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA desde a década de 1960.
Em sua página na web, o presidente executivo do Google, Eric Schmidt, que fez parte do grupo que visitou Havana, criticou essa política irracional do governo norte-americano.
Schmidt escreveu: “Essas políticas não parecem razoáveis. Há dezenas de países que consideramos aliados, aos quais nos permitem viajar e significam nesta década uma ameaça muito maior para os EUA do que Cuba”.
Ele considera que as autoridades dos EUA devem eliminar o bloqueio. Essa é também a opinião da comunidade mundial, que a cada ano aprova na Assembleia Geral da ONU documentos que pedem o fim dessa medida hostil, que viola o direito internacional.
Em reiteradas ocasiões, Cuba tem denunciado que o bloqueio norte-americano dificulta o acesso às novas tecnologias da informação e comunicação, e faz crescer os custos de todo investimento porque o país tem de buscar alternativas em mercados mais distantes.
Essa política impede às empresas cubanas adquirir de companhias dos EUA, ou de suas filiais, equipamentos e insumos relacionados com as telecomunicações e a informática.
Isso levou a que o país demorasse em se conectar à internet, e hoje continua tendo dificuldades quanto à velocidade de acesso e aos potenciais provedores. Os cubanos também não conseguem baixar aplicativos de sistemas operativos como o Android, barrados na loja oficial dessa companhia.
Os EUA, ao mesmo tempo que impede o acesso pleno de Cuba às novas tecnologias, as utiliza para seus planos subversivos encaminhados a destruir o processo revolucionário. Foi o caso do chamado Zunzuneo, um programa destinado a desestabilizar o país através de mensagens SMS, aproveitando a estrutura do sistema de telefonia celular.
Violando as leis cubanas, norte-americanas e internacionais, que proíbem veicular mensagens não desejadas pelo usuário, conhecidas como spam, a chamada Agência dos EUA para o Desenvolvimento instaurou durante um tempo essa espécie de Twitter cubano.
Planos como esse demonstram que o governo norte-americano continua dedicando verbas milionárias a suas ações subversivas contra Cuba.
(M.J. Arce, 4 de julho)