Nesta semana cumpriu dez anos a Missão Milagre, criada por Cuba e Venezuela para facilitar atenção oftalmológica gratuita à população de baixa renda. O projeto humanitário surgiu por iniciativa do líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, e o falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Cerca de três milhões de cidadãos de mais de 30 países se beneficiaram ao longo desta década com tratamentos para diversas afeções da vista, inclusas cirurgias de catarata. Hoje, a Missão Milagre está presente em 13 nações.
O programa foi concebido, no começo, para Cuba e Venezuela, e depois foi se estendendo pela região e por outros continentes. A América Latina e o Caribe têm sido as mais favorecidas. Aliás, os médicos cubanos têm contribuído a formar colegas de outros países nessa especialidade.
Na recente Assembleia Anual da OMS, Organização Mundial da Saúde, cujos debates foram presididos por Cuba, os representantes de muitos países elogiaram a iniciativa cubano-venezuelana por seu grande impacto social e humano.
Apesar de sofrer há mais de 50 anos o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA, Cuba sempre colocou seus especialistas e sua tecnologia a serviço dos outros povos, principalmente da população carente que não tem recursos para cirurgias e tratamentos desse tipo.
A OMS considera que no mundo existem mais de 135 milhões de deficientes visuais e quase 40 milhões de pessoas que ficaram cegas pela falta de acesso a terapias apropriadas. Delas, mais de 1,5 milhão de menores de 16 anos.
O programa de reabilitação oftalmológica é um exemplo de generosidade e humanismo de duas revoluções, a cubana e a venezuelana, que apesar do acosso dos EUA se empenham em manter a solidariedade a outros povos. Constitui, também, um exemplo da cooperação Sul-Sul.
Num mundo que se move pelo dinheiro e no qual são investidos enormes recursos em guerras e ações subversivas contra outros países, a Missão Milagre aparece como uma lição de como devem ser as relações internacionais, dando prioridade ao bem-estar do ser humano.
(M.J. Arce, 10 de julho)
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