Bloqueio, um ato de guerra em tempos de paz

Editado por Irene Fait
2022-02-03 17:16:16

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Os Estados Unidos formalizou faz 60 anos o bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba, o mais longo na história da humanidade. A cruel e desumana política vinha sendo encaminhada desde 1959, para isolar e estrangular a nascente Revolução Cubana.

A ordem executiva 3447 sobre o bloqueio econômico foi assinado em 3 de fevereiro de 1962 por John F. Kennedy, à época presidente dos EUA. Porém, antes dessa data, Washington já vinha pressionando e adotando outras ações.

Em consequência da medida, firmas norte-americanas interromperam o fornecimento de petróleo a Cuba, foi cancelada a cota açucareira cubana no mercado do país vizinho, e se recomendou aos cidadãos norte-americanos não viajarem à Ilha.

Um ano antes da formalização do bloqueio, Estados Unidos anunciava o rompimento de suas relações diplomáticas e consulares com o governo de Cuba.

Ao longo de sessenta aos, os diferentes governos norte-americanos não só mantiveram, mas também endureceram a medida, que constitui ato de guerra em tempos de paz e viola normas elementares do direito internacional.

Por exemplo, sob o governo de George Bush, pai, se aprovou, em 1992, a Lei Torricelli, com marcante caráter extraterritorial.

As subsidiárias e empresas norte-americanas em terceiros países são proibidas de negociar com Cuba. Qualquer navio que tenha aportado em Cuba não pode entrar nos Estados Unidos até 180 dias depois de ter estado na ilha.

Quatro anos mais tarde, o governo de William Clinton internacionalizou ainda mais o bloqueio, ao aprovar a Lei Helms-Burton que negava créditos e ajuda financeira a países e organizações que favorecessem a cooperação com Cuba.

Desde 1992, a comunidade internacional condena por esmagadora maioria, na Assembleia Geral da ONU, a política hostil de Washington. Mas o país vizinho faz ouvidos moucos à opinião mundial e a de seu próprio povo, que, em boa medida, está a favor da cessação do bloqueio e quer a normalização das relações entre as duas nações.

O ex-presidente Donald Trump aprovou de 2017 a 2021 mais de 240 medidas contra os cubanos, 55 das mesmas em meio à emergência sanitária mundial por causa da Covid-19.

O governo Trump impediu que entrassem em Cuba doações de insumos médicos que podiam ter salvado muitas vidas.

O bloqueio também colocou barreiras para a pesquisa e a produção de vacinas cubanas contra a Covid-19, portanto, o governo de Cuba teve de fazer enorme esforço para garantir a imunização da população e protegê-la da doença causada pelo novo coronavírus.

Vinte e nove resoluções em favor da cessação do bloqueio foram aprovadas pela Assembleia Geral da ONU, a mais recente já estando Joe Biden na presidência dos EUA. O atual presidente, contudo, seguiu os passos de seus antecessores e mantém a genocida medida.

Os prejuízos acumulados em seis décadas montam em 147.853 bilhões de dólares. Para lá dos números, o bloqueio castiga as famílias cubanas e afeta seu bem-estar. Incide em todas as áreas da vida social e econômica e obstaculiza o progresso do país na construção de uma sociedade mais próspera e sustentável.

O povo cubano, contudo, resiste e continua trabalhando pelo seu futuro. Como assinalara o líder histórico da Revolução Fidel Castro “Cuba encontrou a força moral e material para alcançar a vitória no terreno político e ideológico na luta contra o bloqueio econômico, a subversão e as agressões do imperialismo ianque”.

 



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