Referencial de la viruela del mono manifiesta en la piel.
Por Guillermo Alvarado
A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu sobre um eventual surto da doença conhecida como a varíola dos macacos depois de terem sido descobertos vários casos em países de diferentes continentes, a maioria na Europa.
Estamos falando numa doença endêmica da África ocidental e central. Por isso, os contágios que apareceram em 12 nações, com 92 casos confirmados e dezenas de suspeitos, são bastante atípicos.
A OMS explica que vários especialistas estão trabalhando para compreender melhor a situação e se prepara um protocolo de atendimento aos pacientes e para cortar a cadeia de transmissão nos países onde a mencionada doença se espalha.
Este tipo de varíola, que não é mortal como aquela que dizimou o mundo em séculos passados, se contagia através de contato prolongado com uma pessoa doente, a troca de fluidos e por objetos contaminados.
Os sintomas são febre, calafrios, inflamação dos gânglios linfáticos e lesões cutâneas, que começam nas mãos, braços e rosto. Não se sabe de um tratamento específico e some em poucas semanas.
Afeta homens e mulheres e não está associada a nenhum tipo de comportamento ou preferência sexual. A OMS pediu não estigmatizar ninguém que pegue a doença, como tem ocorrido em alguns países.
Pode ser que esta recomendação tenha a ver com um anúncio da agência britânica de Saúde Pública, segundo o qual os casos descobertos recentemente no Reino Unido são homossexuais, bissexuais ou outros homens que têm sexo com homens.
A Organização Mundial da Saúde assegura que ainda não está provado, nem se descarta que se transmita via sexual.
Na Espanha, o país mais atingido por enquanto, com 30 casos confirmados e 39 suspeitos, parece que o foco inicial foi uma sauna em Madri, fechada faz alguns dias atrás.
Há outros contágios em lugares tão distantes quanto Israel, Estados Unidos e Suécia. Todos os fatores estão sendo examinados para compreender melhor o alcance e as causas da doença.
A varíola dos macacos foi identificada pela primeira vez na República Democrática do Congo, em 1970, e nos últimos dez anos os contágios aumentaram na África ocidental, porém até agora, raríssimas vezes tinha aparecido em outros lugares do mundo.