A solidariedade transpõe barreiras

Editado por Irene Fait
2022-06-13 17:23:54

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Por Maria Josefina Arce

Os Estados Unidos excluíram Cuba da malograda Cúpula das Américas, encerrada faz alguns dias, em Los Ángeles, negaram-lhe a palavra, mas não puderam silenciar, nem impedir a solidariedade ao povo cubano, que padece há mais de sessenta anos um criminoso bloqueio econômico, comercial e financeiro.

A solidariedade a Cuba se multiplica dentro dos próprios EUA, entre cubanos residentes naquele país e cidadãos norte-americanos, que enviam à Ilha inestimáveis doações e se encarregam de visibilizar as barreiras erguidas pelo bloqueio econômico.

No domingo passado chegou outra doação de produtos essenciais para a realização de transplantes de fígado a oito crianças cubanas que esperam passar por cirurgia que a política hostil de Washington obstaculiza.

As leis que regulam o bloqueio proíbem a compra dos mencionados produtos no mercado norte-americano, o que pode marcar a diferença entre a vida e a morte.

Uma prática criminosa endurecida pelos Estados Unidos no momento mais crítico da emergência sanitária mundial por causa da Covid-19. As medidas adotadas pelo ex-presidente Donald Trump impediram a compra de ventiladores pulmonares inclusive, tão necessários para os que contraem essa doença.

A carga humanitária que chegou a Havana no domingo foi trazida por representantes da organização norte-americana Code Pink e do projeto Pontes de Amor, que congrega emigrantes cubanos que moram nos Estados Unidos.

Não é a primeira doação que fazem. No final do mês de maio passado, “Pontes de Amor” entregou ao hospital infantil William Soler, em Havana, uma parte do composto químico Custodiol, imprescindível para efetuar os transplantes de fígado em crianças.

Umas 100 cirurgias desse tipo foram feitas nesse hospital, especializado no atendimento a crianças em estado grave e em operações complicadas.

O chanceler cubano Bruno Rodriguez afirmou que “Pontes de Amor” trouxe esperança a crianças cubanas, vítimas de um bloqueio criminoso e desumano.

Essa medida, tantas vezes repudiada pela comunidade internacional, encarece, ou praticamente impossibilita que Cuba importe material e medicamentos, muitos deles de patente norte-americana.

O importante programa de saúde em Cuba está parado faz dois anos porque falta esse composto químico. Como resultado do humanitário gesto será possível retomá-lo em benefício dos menores que precisam do transplante.

Os transplantes de órgãos e tecidos são muito dispendiosos no mundo. Em Cuba, se realizam grátis com acompanhamento médico posterior incluso.

Para que façam uma ideia, o primeiro dia do período pós-operatório custa por volta de 40 mil dólares no mundo. E o tratamento completo está por volta de meio milhão de dólares.

A solidariedade dos cubanos que vivem no exterior e de cidadãos norte-americanos salvará a vida dessas crianças cubanas trazendo paz e esperança às suas famílias.

Mais uma vez, Cuba agradece o novo gesto altruísta do povo norte-americano e do incansável projeto “Pontes de Amor”, que também realiza diferentes iniciativas em território norte-americano em prol da cessação do bloqueio a Cuba e da aproximação dos dois países.



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