Jovens colombianos estudarão medicina em Cuba. Foto: Prensa Latina
Por Maria Josefina Arce
Cuba sempre deixou claro o seu compromisso com a paz e a segurança internacional. América Latina e o Caribe foram declarados Zona de Paz em Havana, em 2016, durante sua presidência pro tempore da CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).
Cuba e a Noruega foram os garantes das negociações de paz entre a ex-guerrilheira Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo e o governo do então presidente Juan Manuel Santos.
As negociações de quatro anos de duração decorreram em território cubano e conduziram à assinatura, em 2016, do histórico acordo para pôr fim ao conflito armado de mais de cinquenta anos.
Imparcialidade, transparência, e discrição caracterizaram a atuação de Cuba, reconhecida pelas duas partes e organismos internacionais, como as Nações Unidas.
A ONU destacou a importância do apoio de Cuba como país garante desde a gestão do pacto até sua implementação.
Uma amostra de seu compromisso total é a oferta de mil bolsas de estudos para estudar medicina em Cuba, destinadas a jovens desmobilizados da guerra e a vítimas do conflito armado.
As bolsas foram distribuídas em 200 ao ano durante cinco anos. O processo começou no ano letivo 2017-2018 e tem sido visto como um verdadeiro gesto humanitário.
Neste quadro, um grupo de 17 colombianos viajou nos últimos dias à capital cubana para iniciar seus estudos na ELAM (Escola Latino-Americana de Medicina), uma instituição fruto do pensamento e da vontade política do líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro.
O desejo desses jovens é servir à sua comunidade e à Colômbia toda.
O presidente do Partido Comunes, Rodrigo Londoño, falou que apesar das limitações impostas pelo bloqueio norte-americano, Cuba concentra um grande esforço em garantir a formação desses garotos como médicos e cumprir seu compromisso.
A sociedade colombiana se sente profundamente grata pelo gesto altruísta de Cuba, de sua Revolução e de seu povo, que proporciona esperança a essa Colômbia profunda, aonde o governo nunca chegou.