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Por Maria Josefina Arce
Cuba sempre concedeu muita importância à ciência, tecnologia e inovação e sua necessária relação com diferentes áreas, para resolver problemáticas do país que se multiplicam por causa do bloqueio que os Estados Unidos impõem a Cuba há 60 anos.
Sem dúvida, é uma prioridade em que insiste o presidente cubano, Miguel Diaz-Canel. Nesse sentido, destacou os resultados positivos do potencial humano e as capacidades científicas e tecnológicas que a Revolução criou.
O presidente aprofundou no tema em sua palestra “O sistema de gestão do governo baseado na ciência e na inovação e suas implicações para a saúde” que inaugurou a 4ª Convenção Internacional Cuba- Saúde, em Havana.
Os dois anos de Covid-19 demonstraram como é acertada esta estratégia, porquanto foi determinante no controle da doença. Ao revelar-se a existência da doença, se criou imediatamente o Grupo de Ciência e o Comitê de Inovação para combatê-la, coordenado pelo ministério da Saúde Pública e a indústria biofarmacêutica, com a participação de universidades e instituições cientificas.
Cuba teve de assumir múltiplos desafios na área de saúde em face da Covid-19 e os obstáculos impostos pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro, endurecido no meio da emergência sanitária mundial.
O esforço comum conduziu a um diálogo permanente entre médicos, epidemiologistas, virologistas, imunologistas, físicos, matemáticos e informáticos, entre tantos outros, que conjugaram conhecimentos para proteger a saúde das pessoas.
Essa colaboração permitiu que o país criasse três vacinas contra o vírus, sendo as primeiras elaboradas na América Latina. A política do governo fez com que não tivesse que depender de outros e poder, assim, garantir a imunização de toda a população, crianças e adolescentes inclusive.
Igualmente, se avaliaram medicamentos em fase de desenvolvimento ou registrados para outras doenças que pudessem ser usados para controlar a Covid-19, e a aplicação da imunoterapia com produtos inovadores da indústria farmacêutica cubana.
Os conhecimentos e a criatividade também foram postos em função de produzir meios de diagnósticos e equipamentos necessários para o atendimento aos doentes, como ventiladores pulmonares, que não puderam ser adquiridos no exterior por causa da política de bloqueio dos Estados Unidos.
O esforço concentrado por todos nesse trabalho teve como resultado mais de 1.100 projetos nacionais, 268 estudos, ensaios e invenções, e 10 ferramentas informáticas.
A Covid-19 deixou muitas lições e abriu o caminho para traçar novas estratégias e encontrar melhores soluções aos problemas da saúde, pois, como destacara o presidente cubano, potenciou a ciência e a inovação em Cuba.