A postura digna e intransigente de Cuba

Editado por Irene Fait
2022-10-27 09:35:56

Pinterest
Telegram
Linkedin
WhatsApp

RHC

Por Maria Josefina Arce

Ao longo da chamada “Crise de Outubro”, ou “Crise dos Foguetes”, Cuba teve uma postura digna, transparente e intransigente, que sustentou quando soube das negociações, das que tinha sido excluída, entre os EUA e a então União Soviética sobre a retirada dos mísseis soviéticos de território cubano.

Os foguetes tinham sido instalados como forma de dissuasão diante da política agressiva dos Estados Unidos e para eliminar a vantagem que tinha a nação vizinha com seu armamento na Turquia, Itália e Reino Unido.

A história se repetia, recordam os historiadores. em referência a 1898 quando deixaram de fora Cuba das negociações entre Espanha e Estados Unidos e da posterior assinatura do Tratado de Paris. Arrebataram aos cubanos  sua independência após anos de luta contra o jugo colonial espanhol.

Washington se apoderava da Ilha, depois de ter se intrometido de modo oportunista na contenda deixando claros seus interesses geopolíticos com relação a este país.

Agora, se negociava de novo sem sua presença e se deixavam de fora assuntos medulares que tinham a ver com a preservação da independência e a soberania da nação, que, como a história havia demonstrado, não podia confiar na palavra dos Estados Unidos de que não invadiria o território cubano.

O líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, foi enérgico a respeito do tema deixando clara a postura cubana diante das ameaças imperiais, e anunciou um plano de cinco pontos que compreendia a cessação do bloqueio econômico, de todas as atividades subversivas, dos ataques piratas, de todas as violações do espaço aéreo e naval, a retirada dos norte-americanos da base naval de Guantánamo e a devolução desse território situado no leste cubano.

Fidel Castro também rejeitou qualquer inspeção em Cuba, como exigia EUA, para verificar a retirada dos foguetes, porquanto Cuba não tinha violado nenhuma lei internacional. A atitude da máxima direção da Revolução era firme.

Desde aqueles tensos dias de outubro de 1962, em que o mundo esteve à beira de uma guerra nuclear, se demonstrou quanta razão tinha Fidel. Hoje em dia, a base naval de Guantánamo continua aí, tem servido para ações de provocação contra o povo cubano e constitui uma afronta para a soberania de Cuba.

O bloqueio norte-americano é uma realidade, apesar das constantes denúncias de Cuba sobre os prejuízos econômicos e humanos que ocasiona e as 29 resoluções de condenação adotadas pela Assembleia Geral da ONU.

Uma medida que foi endurecida, no meio da pandemia da Covid-19, e que impediu que o país adquirisse medicamentos e outros suprimentos que podiam fazer a diferença entre a vida e a morte.

As ações agressivas também prosseguiram contra a Ilha. Hoje, com o avanço das tecnologias de comunicação, se realizam através das redes sociais, a partir das quais se busca subverter a ordem constitucional.

Cuba, porém, como há sessenta anos, continua mantendo uma postura firme e digna. Apesar de todas as barreiras continua trabalhando para construir uma sociedade melhor.



Comentários


Deixe um comentário
Todos os campos são requeridos
Não será publicado
captcha challenge
up