Nova vitória de Cuba na ONU

Editado por Irene Fait
2022-11-03 19:23:29

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Cubadebate

Por Maria Josefina Arce

Pela 30ª ocasião, a Assembleia Geral da ONU condenou o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto contra Cuba que atenta contra os direitos humanos do povo e, em 60 anos, provocou prejuízos ao país orçados em mais de 154 bilhões de dólares.

Na sede das Nações Unidas, em Nova York, se tornou a viver uma jornada histórica quando 185 países votaram em favor do projeto de resolução apresentado por Cuba sobre a necessidade de pôr fim ao genocida cerco, um ato de guerra em tempos de paz.

Em seu discurso, o chanceler cubano, Bruno Rodriguez, denunciou que em 2019 o governo do então presidente Donald Trump endureceu o bloqueio econômico levando-o a uma dimensão mais cruel e desumana.

A  nova vitória de Cuba mostrou mais uma vez o isolamento dos Estados Unidos, apoiado pelo seu parceiro incondicional, Israel. Houve duas abstenções: Brasil e Ucrânia.

Antes da votação, ergueram-se as vozes de inúmeras nações contra uma política que atinge cada família cubana, cada setor da economia, e impede o progresso do país.

Contra o bloqueio também se pronunciaram organizações como a CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, o Movimento de Países Não Alinhados, a Comunidade do Caribe e a Associação de Nações do Sudeste da Ásia, entre muitas outras.

De todos os continentes se repudiou a medida, endurecida inclusive durante a emergência sanitária mundial pela Covid-19 e que o atual governo norte-americano mantém intacta, a despeito das promessas de campanha do presidente Joe Biden de revisar essa política fracassada.

O chanceler cubano ressaltou que, em apenas sete meses, de agosto de 2021 a fevereiro de 2022, o bloqueio ocasionou prejuízos orçados em quase quatro bilhões de dólares.

Um bloqueio que é mantido apesar de a maioria dos norte-americanos e da comunidade cubana nos EUA estar a favor de sua cessação e da normalização das relações entre as duas nações, que muito poderia beneficiar os dois povos.

Os oradores repudiaram a extraterritorialidade dessa política, que obstaculiza as relações comerciais com outras nações e desencoraja o investimento estrangeiro em território cubano.

Em contraposição a esta postura de Washington, destacaram a vocação solidária de Cuba que, ao longo de décadas, prestou ajuda em diferentes áreas, especialmente saúde e educação, a muitos povos do mundo. Sua solidariedade tornou a se manifestar durante a pandemia da Covid-19 com o envio de 57 brigadas médicas a 40 nações.

Igualmente, deixaram clara sua oposição à inclusão de Cuba  na lista de nações que, segundo os EUA, patrocinam o terrorismo.

A condenação do bloqueio na ONU foi precedida de inúmeras manifestações de apoio a Cuba no mundo todo. A mais recente, teve lugar no fim da semana passada em Nova York, sede da ONU, onde se congregaram membros de mais de cem organizações que defendem o direito da Ilha de viver sem bloqueio.

Foi um ano de intensa solidariedade a Cuba. No final de cada mês, caravanas em diversas cidades do mundo eram mobilizadas em apoio à Ilha, ao mesmo tempo, houve múltiplas atividades para sensibilizar o mundo quanto aos prejuízos econômicos e humanos do bloqueio.

Desde 1992, o mundo não cessa de dizer CHEGA, não quer mais o bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba, porquanto constitui uma violação do direito internacional e um genocídio devido ao seu propósito de render o povo cubano por fome e doenças e à sua armação política, legal e administrativa.

 



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