Grandes investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica respaldam os avanços no aproveitamento da energia eólica nos últimos 15 anos.
Apesar de o investimento inicial ser alto, os técnicos concebem novos tipos de geradores conhecidos como turbinas eólicas. Através deles é possível transformar a força dos ventos em energia elétrica.
Desde a antiguidade, o homem aproveitou o vento para mover embarcações a vela ou acionar moinhos para tirar água do solo e outras tarefas. Porém, antes não se falava tanto no aspecto ambiental.
A energia eólica é livre de poluição, não emite gases de efeito estufa nem se torna um rival da produção de alimentos. Os aerogeradores são colocados em áreas abertas onde bate o vento que move as turbinas e faz gerar eletricidade.
Quase cem países utilizam essa fonte de energia. O líder é a China, tanto em número de instalações quanto na potência gerada. Depois aparecem os EUA, Alemanha, Espanha, Índia, França, Itália, Grã-Bretanha, Canadá e Portugal.
No ano passado, por exemplo, a eletricidade produzida dessa maneira na Espanha foi equivalente a 90% do consumo no setor residencial.
Nessa lista, Cuba está no lugar 69, com 11,7 megawatts de potência eólica instalada. Já está em andamento o projeto de construção de um parque desse tipo na província de Las Tunas, capaz de gerar 51 megawatts. Os estudos apontam que o país poderia gerar até 630 megawatts a partir dessa tecnologia.
Os especialistas sugerem combinar essa energia com outras de tipo convencional para reduzir os custos e diversificar a matriz da nação. Hoje, a geração de eletricidade em Cuba depende quase totalmente dos combustíveis fósseis, utilizados em usinas e centrais de geração.
Por isso vale a pena continuar as pesquisas e projetos nessa área em busca do uso eficiente dos ventos levando em conta as características do país: uma ilha comprida e fina situada em meio ao Mar Caribe.
(R. Morejón, 8 de agosto)