Por Roberto Morejón
As excelentes relações entre Cuba e São Vicente e Granadinas se caracterizam pela coincidência em política exterior e a cooperação solidária, especialmente na área de saúde. Todavia, se vislumbra uma diversificação.
Assim manifestam os resultados da bem-sucedida visita do presidente cubano Miguel Diaz-Canel a Kingstown, capital desse território insular sulcado de vulcões, com o promontório ardente La Soufriere à cabeça.
Os são-vicentinos sofreram os rigores de sua erupção e contaram com a ajuda reforçada de especialistas e médicos cubanos.
São Vicente e Granadinas têm muitos prejuízos pelos efeitos das mudanças climáticas, portanto, Cuba pode ajudar levando em conta seus progressos num programa para enfrentá-los.
A cooperação pode abranger outras áreas, coincidiram Diaz-Canel e seu interlocutor principal, o primeiro-ministro Ralph Gonsalves, grande amigo de Cuba ao longo de mais de vinte anos.
Na primeira visita de um chefe de Estado cubano a São Vicente e Granadinas e ao se completarem 30 anos do estabelecimento das relações entre as duas nações, se comentou aproximar posições no turismo, produção de alimentos, formação de recursos humanos e a construção.
Nessa mesma direção, se pronunciou o ministro das Finanças, Camilo Gonsalves, proeminente advogado, diplomata, jornalista e funcionário, que destacou a potencialidade de seu país nos minérios e alimentos.
Para ambos os países essas potencialidades são promissoras, sem perder de vista a permanência de médicos cubanos naquelas ilhas, em total, 81.
Essa presença, que poderia aumentar, teve um dos pontos culminantes na Operação Milagre, mediante a qual centenas de são-vicentinos recuperaram a visão.
Não à toa, os habitantes locais saudaram com efusão a delegação cubana durante sua visita.
Manifestaram sua profunda gratidão pelo atendimento na saúde e o treinamento de técnicos e profissionais de nível superior.
Os cubanos também agradecem as remessas de suprimentos médios e alimentos de São Vicente e Granadinas quando a pandemia de Covid-19 estava no auge em Cuba.
São detalhes na ampla trajetória de ajuda mútua, na que desponta o aeroporto internacional de Argyle, inaugurado em 2017 e construído com dinheiro da ALBA e o apoio técnico de Cuba.