Os EUA teimam em manter sua guerra encoberta contra Cuba, no marco de sua política agressiva instaurada no começo da década de 1960 encaminhada a barrar o processo revolucionário no país.
Nos últimos tempos foram revelados dois programas subversivos levados adiante pela USAID, Agência Norte-americana para o Desenvolvimento Internacional. Num deles, esse órgão do governo dos EUA recrutou jovens latino-americanos para ações dirigidas a desestabilizar e alterar a ordem interna em Cuba.
Recente matéria veiculada na televisão cubana mostra que o costarriquenho Fernando Murillo foi pago pela USAID para encontrar jovens cubanos que pudessem ser manipulados e utilizados em atividades contra o governo. Murillo fez seu trabalho de inteligência no município de Nuevitas, na província de Camaguey.
Ele entrou em contato com os organizadores de um festival de audiovisuais fingindo interesse por sua obra artística. Apresentou-se como membro de uma ONG, organização não governamental. Seu objetivo real era traçar um perfil psicológico dos jovens artistas e detectar quem poderia ser usado nas operações encobertas.
As revelações feitas pela agência noticiosa norte-americana AP indicavam que o programa da USAID tinha sido desativado faz tempo. Porém, a reportagem da TV cubana mostra que o cidadão costarriquenho esteve em Camaguey em março passado com visto de turista, junto com um acompanhante.
Isso prova que as autoridades dos EUA teimam em promover ações de desestabilização em Cuba utilizando organizações e entidades de fachada, como a USAID. Foi o mesmo procedimento aplicado num programa subversivo anterior, conhecido como Zunzuneo.
Naquela ocasião, o objetivo foi criar uma espécie de Twitter cubano aproveitando a estrutura da rede local de telefonia celular. Os números telefônicos dos destinatários das mensagens foram obtidos de maneira ilegal. As operações encobertas dos EUA visavam gerar em Cuba uma situação semelhante à chamada “primavera árabe”.
Nesse contexto, o governo cubano pediu ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, publicar como documentos oficiais desse organismo mundial um dossiê com informações sobre essas manobras de caráter subversivo que violam as leis nacionais e internacionais.
(R. Morejón, 18 de agosto)