Cumbre Mundial de Mujeres
Por Maria Josefina Arce
Mulheres de mais de 100 países se reuniram em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, com um objetivo comum: obter o empoderamento desse segmento populacional, que, apesar de uma longa história de discriminação, contribuiu muito para o desenvolvimento da humanidade.
A Cúpula Internacional de Mulheres 2023 é uma nova oportunidade para trocar experiências e critérios sobre quanto fazem e podem fazer as mulheres em prol da paz e o progresso socioeconômico de suas nações.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou no ano 2000 a resolução 1325 que advoga por maior participação das mulheres na consolidação da paz que traga consigo sociedades mais justas e inclusivas.
Todavia, são muitos os obstáculos que enfrenta esse segmento populacional. Os conflitos evidenciam quão vulneráveis são as mulheres. Representam a maior fatia das populações deslocadas de seus lares e são alvo de violência sexual.
Além disse, como expressa ONU Mulheres, quase nunca estão presentes nas negociações de paz, são excluídas dos trabalhos de reconstrução, o que limita seu acesso a oportunidades de recuperação, de obter justiça pelas violações de seus direitos e de participar das reformas de leis e instituições.
A pandemia da Covid-19 não fez outra coisa senão aumentar a brecha de gênero que ainda persiste.
Foram as mais afetadas pela perda de empregos e salários por ser maioria nos setores mais atingidos: hospedagem e comida, e as fábricas.
Igualmente, as quarentenas, fechamento de colégios e outras medidas para evitar a propagação do vírus conduziram ao aumento da violência doméstica.
Assim, a reunião na capital dos Emirados Árabes acontece num momento histórico, segundo seus organizadores, quando a humanidade necessita superar as repercussões da pandemia da Covid-10 e as crises sociais e econômicas que castigam as nações.
Por isso, a Cúpula de Abu Dhabi, é um espaço onde se busca soluções a desafios comuns como a brecha de gênero, a violência doméstica e uma participação maior da mulher na tomada de decisões.
A igualdade de gênero tem a ver com os direitos humanos, é essencial, portanto, para alcançar a paz sustentável e duradoura. As mulheres provaram indiscutivelmente que são capazes de provocar mudanças, portanto, é hora que ocupem o lugar que conquistaram.