vacinação contra a poliomielite em Cuba
Por Maria Josefina Arce
Na semana passada, outra campanha de vacinação começou em Cuba contra a poliomielite, uma doença infecciosa que provoca paralisia e pode ocasionar a morte. Antes da vitória da Revolução, em 1959, era uma enfermidade endêmica na Ilha.
A vacinação atual foi dividida em duas fases. A primeira terminou no sábado passado, e esta semana se realiza a recuperação, isto é, serão imunizadas as crianças que, por um motivo ou outro, não receberam a dose. Em abril, começa a segunda fase com recuperação marcada para o mês de maio.
De acordo os especialistas, Cuba teve cinco grandes epidemias dessa doença no século 20; a última ocorreu em 1955. Porém, quarenta anos depois, o país recebia a Certificação de Erradicação da Poliomielite entregue pela OPS (Organização Pan-Americana da Saúde).
Assim, Cuba se tornava o primeiro país das Américas em eliminar essa doença graças ao esforço e a vontade política do governo para proteger suas crianças e conseguir que a poliomielite deixasse de ser um problema de saúde.
Em 1962, o governo revolucionário lançou em todo o território nacional a primeira campanha de vacinação, uma verdadeira proeza, na que o povo desempenhou um papel decisivo.
Um artigo do jornal Granma recorda que os Comitês de Defesa da Revolução criados dois anos antes, foram incumbidos de realizar o censo da população que deveria ser vacinada. Foram levadas em conta as crianças na faixa etária de um mês a 14 anos de idade.
Igualmente, foi determinante o apoio de outra organização nascida após a vitória revolucionária: a Federação de Mulheres Cubanas, que se dedicou a informar às mães e à população toda quão importante era aplicar a vacina.
Aquela histórica campanha foi apenas o começo. A cada ano, o território cubano é cenário da imunização de nossos pequerruchos. A vacinação nunca parou, nem nas mais difíceis condições econômicas.
E, embora o genocida bloqueio imposto pelos EUA desde mais de 60 anos envolva severas limitações, o esforço das autoridades e do pessoal sanitário permitiu continuar protegendo a população cubana.
A pandemia da Covid-19 também não foi empecilho. O imunógeno contra a poliomielite foi aplicado sem contratempos cumprindo as medidas necessárias para evitar o contágio dos menores, de suas mães e o pessoal de saúde.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) exortou a não descuidar a vacinação contra a paralisia infantil durante a pandemia, porquanto uma cobertura de imunização inferior a 95% pode fazer retornar com força essa doença.
A mais recente campanha contra a poliomielite, a 62ª que se realiza em Cuba, é uma mostra a mais da vontade política do Estado de preservar a saúde dos cubanos.