Sessenta anos de assistência em outras terras

Editado por Irene Fait
2023-05-24 17:52:01

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Por Roberto Morejón

Médicos cubanos que prestam serviços em outros países confessam seu regozijo por serem úteis à população, mas, afirmam, estremecem quando seus pacientes não podem desembolsar o custo de exames necessários para um diagnóstico acertado.

Trata-se de uma das vicissitudes dos mais de 22 mil médicos cubanos espalhados, hoje em dia, por 57 países de todos os continentes, onde a pobreza e a falta de recursos muitas vezes conspiram contra as atividades de saúde.

Porém, os profissionais cubanos que prestam serviços nessas nações buscam alternativas para não deixar de atender aos que visitam seus postos médicos em busca de ajuda, ou quando percorrem aldeias, pequenos vilarejos e selvas remotas.

Nesta semana, Cuba festeja o 60º aniversário da cooperação médica internacional, iniciada formalmente na Argélia, embora uma brigada tivesse cumprido missão no Chile antes.

As estatísticas globais ilustram o trabalho árduo, útil, altamente técnico, feito com altruísmo, vontade, sacrifício e coragem, levando em conta que em muitos lugares as circunstâncias são bastante complexas.

Mais de 605 mil profissionais e técnicos da saúde de Cuba salvaram vidas, curaram doenças, erradicaram enfermidades e aliviaram a dor de portadores de doenças incuráveis.

Recentemente, no meio da crise pela pandemia da Covid-19, quando a vida estava exposta, 58 brigadas de médicos cubanos viajaram a 42 nações para combater essa doença.

Não obstante a gratidão dos habitantes de cidades, vilarejos e comunidades remotas, o reconhecimento de autoridades e elogios em reuniões de organismos internacionais, nos EUA e a mídia hegemônica demonizam os médicos cubanos.

Costumam chamá-los “escravos” como se não soubessem que as missões são voluntárias, trabalham em outros lugares do mundo porque decisão própria, no marco de acordos governamentais.

Com o dinheiro que alguns países pagam a Cuba, ainda que em muitos casos o serviço presta-se grátis, a Ilha compra suprimentos para o seu sistema de saúde e custeia suas faculdades de medicina.

Nessas faculdades se formam milhares de novos médicos cubanos e de outras nacionalidades que, ao adquirir experiência, partem muitas vezes a exercer sua profissão no exterior.

O contingente cubano Henry Reeve destinado a trabalhar em lugares atingidos por catástrofes naturais e de outro tipo, acaba de realizar uma missão na Turquia, após o terremoto que abalou esse país.

O enaltecimento dos profissionais da saúde é extensivo aos que cumprem sua missão hoje e aos que cumpriram a missão ao longo de sessenta anos.

 



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