Los Cinco
Por Maria Josefina Arce
O dia oito de junho é uma data que permanece gravada na memória do povo. Nesse dia, em 2001, eram injustamente declarados culpados de espionagem cinco cubanos, que, arriscando suas próprias vidas, monitoravam nos EUA as ações terroristas de grupos anticubanos contra Cuba e sua população.
Geraro Hernández, Ramón Labañino, Fernando González, Antonio Guerrero e René González foram vítimas de um longo e manipulado processo judicial na cidade de Miami, refúgio seguro dos grupos terroristas de origem cubana e onde nunca deveriam ter sido julgados.
Desde que foram detidos, em setembro de 1998, seus direitos humanos foram violados. Durante 17 meses estiveram em celas de confinamento solitário. Adriana Pérez e Olga Salanuevo, esposas respectivamente de Gerardo e René, não puderam visitá-los porque o governo norte-americano não lhes concedia vistos.
Os Cinco Heróis, como são conhecidos mundialmente, nunca colocaram em risco a segurança dos EUA, nem afetaram os valores do povo norte-americano, nem sua integridade.
Contudo, como denunciaram em carta endereçada ao povo cubano, em junho de 2001, os autores de ações criminosas contra Cuba, que provocaram dor e sofrimento a muitas famílias cubanas, passeavam livremente pelo território norte-americano com a cumplicidade de Washington.
Estados Unidos nunca conseguiu esconder essa realidade. Temos, por exemplo, o caso do conhecido terrorista Luis Posada Carriles, mentor da explosão em voo de um avião comercial cubano, em 1976, com 73 pessoas a bordo. Posada Carriles morreu “em paz” em 2018, na cidade de Miami.
Sem provas, Gerardo, Ramón, Antonio, Fernando e René foram sentenciados a severas e injustas penas de prisão, com cadeias perpétuas inclusive.
O líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, prometeu em discurso ao povo que os cinco heróis voltariam à sua Pátria. Um vasto movimento de solidariedade acompanhou os cubanos em sua luta pelo retorno de seus compatriotas.
Em todos os cantos do mundo se formaram comitês de solidariedade em favor da liberação dos cinco cubanos combatentes contra o terrorismo, que se tornaram exemplo e símbolo da resistência, da dignidade e da determinação dos cubanos de defender a Pátria e a Revolução.
Em toda Cuba, se sucederam as ações de apoio a Gerardo, Ramón, Antonio, Fernando e René. As ações contaram com a simpatia de inúmeras pessoas no planeta, amantes da paz e da verdade.
Personalidades de todas as esferas da vida social, povos, governos e organismos internacionais condenaram a detenção dos Cinco Heróis. Em 2005. o Grupo de Trabalho sobre a Detenção Arbitrária da Comissão da ONU sobre Direitos Humanos considerou arbitrária a prisão, o julgamento e o encarceramento dos cubanos.
Gerardo, Antonio, René, Fernando e Ramón acabaram voltando à Pátria como tinha prometido Fidel. Sem dúvida, sua volta foi uma vitória do povo cubano e de todas as pessoas que batalharam por sua libertação no mundo.
