Na semana passada começou a jornada internacional de apoio à causa dos cinco cubanos presos em 1998 em Miami e condenados injustamente por lutarem contra o terrorismo. As atividades estão programadas até seis de outubro.
O objetivo principal é exigir do presidente norte-americano, Barack Obama, a liberdade imediata de Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio Guerrero. Os outros dois, René e Fernando González, voltaram a Cuba após cumprirem suas penas.
No dia 12 está prevista uma vigília em frente à Casa Branca, em Washington. Nessa data se cumprem 16 anos da detenção dos Cinco, quando tratavam de monitorar as ações de grupos extremistas anticubanos radicados nos EUA. Cabe recordar que Gerardo foi condenado a duas cadeias perpétuas mais 15 anos de prisão.
Destaque, também, para o 10º Colóquio Internacional de Solidariedade aos Cinco, marcado para 11 e 12 deste mês em Havana. Participarão ativistas de vários países.
O movimento de solidariedade a Cuba chamou a fazer comícios em frente às sedes diplomáticas norte-americanas pelo mundo afora, emitir declarações, enviar mensagens a Barack Obama e levar à prática todo tipo de iniciativa para divulgar a injustiça e pressionar em favor da liberdade de Gerardo, Ramón e Antonio.
A jornada começou em quatro de setembro porque nessa data, há 17 anos, o jovem italiano Fabio Di Celmo morreu vítima de um atentado terrorista num hotel de Havana. O autor, um mercenário salvadorenho, foi contratado pelos grupos de extrema-direita anticubanos radicados em Miami.
Por outro lado, o encerramento foi marcado para seis de outubro porque coincide com o aniversário da explosão no ar de um avião civil cubano, em 1976. No atentado morreram os 73 passageiros e tripulantes.
A ação foi preparada pelo terrorista confesso Luis Posada Carriles, que hoje vive em plena liberdade nos EUA sob o amparo das autoridades desse país. Aliás, ele foi um dos que ao longo de anos fez o “trabalho sujo” da CIA, Agência Central de Inteligência.
O linguista e ativista norte-americano Noam Chomsky declarou numa ocasião que os Cinco “não são criminosos, são heróis”. Disse que eles mostraram ao mundo os crimes que estavam sendo cometidos a partir do território dos EUA, e sublinhou que essas ações, em teoria, deveriam ser condenadas pelo governo norte-americano.
(P.M. Pírez, 9 de setembro)