Cuba representa as aspirações do Sul na Cúpula do BRICS

Editado por Irene Fait
2023-08-24 18:15:13

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Por Maria Josefina Arce

Atualmente, Cuba é presidente pro tempore da um dos mecanismos mais vastos e diversos no mundo: o Grupo dos 77+China, e como tal participou da 15ª Cúpula do BRICS.

Sem dúvida, uma grande oportunidade para reforçar a interação dos dois blocos e a cooperação  Sul, uma urgência nos tempos que correm.

Na cidade sul-africana de Joanesburgo, Cuba falou em nome dos 134 países membros do Grupo dos 77+China, que constituem dois terços das nações da ONU e 80% da população mundial.

É a primeira vez que a Ilha e um presidente cubano participam de uma Cúpula do BRICS, formado pelo Brasil, Índia, China, Rússia e o país sede do encontro, África do Sul. Cuba mantém relações fluentes com as mencionadas nações em todos os âmbitos e as posições são comuns em importantes temas do acontecer internacional.

A busca, portanto, de uma cooperação mais efetiva entre os dois blocos é perfeitamente viável e necessária num mundo cada vez mais egoísta e desigual. Vale lembrar que quatro nações do BRICS (Brasil, Índia, África do Sul e, naturalmente, China) também são membros do Grupo que Cuba presidente neste ano.

Aliás, a cooperação sempre esteve presente em momentos difíceis. Por exemplo, durante os mais de dois anos de pandemia da Covid-19 que paralisou o mundo e nos quais as nações do Sul ajudaram umas as outras.

Cuba enviou brigadas médicas a inúmeros países para ajudar a combater a mencionada doença e ofereceu suas vacinas de provada eficácia e segurança.

Os cubanos, por sua vez, receberam doações de suprimentos e alimentos de diferentes lugares, por exemplo, da África, diante do endurecimento do bloqueio pelo governo do então presidente norte-americano Donald Trump.

A aplicação de sanções e medidas coercitivas que freiam o desenvolvimento dos povos foi um dos temas presentes na reunião de Johanesburgo, levando em conta que vários membros do G77+China padecem essas criminosas ações.

Mais interação é um caminho para enfrentar essas medidas e uma oportunidade para defender os direitos dos povos do Sul em fóruns e organismos internacionais, em razão de que o papel e a influência do BRICS no mundo aumentaram notavelmente nos últimos anos.

A participação de Cuba, em representação do G77+China nos Diálogos BRICS foi muito importante para reforçar a comunicação e o intercâmbio que permitirá que avancem as nações em desenvolvimento e garantir que sejam ouvidas e levadas em conta a voz e as aspirações do Sul global nas diferentes instituições internacionais.

 



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