Imagen ilustrativa tomada de Prensa Latina
Por Maria Josefina Arce
O método cubano de alfabetização "Sim eu posso" continua fazendo a diferença no mundo. Agora a boa notícia vem do Brasil. No município de Maricá, na Região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro, mais de mil brasileiros, entre adultos e jovens, aprenderam a ler e escrever.
No Brasil, perto de 100.000 pessoas, em diferentes estados, foram alfabetizadas por meio desse programa, que nasceu da iniciativa do líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro.
Seus antecedentes podem ser encontrados na campanha de alfabetização desenvolvida por rádio no Haiti por educadores cubanos.
Tem sido usado com sucesso em vários países da América Latina e do Caribe. Assim, a implementação desse método na Venezuela possibilitou alfabetizar três milhões e 500 mil venezuelanos. Em 2005, a UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, concedeu ao país o status de "Território Livre do Analfabetismo".
Esse status também foi concedido à Bolívia em 2008 e à Nicarágua um ano depois, graças ao uso do método cubano, descrito como econômico e eficiente por organizações internacionais como a UNESCO.
Mas o "Sim eu posso" ultrapassou as fronteiras de nossa região e alcançou áreas geográficas distantes. É o caso da Austrália, onde as comunidades aborígenes foram beneficiadas e o programa está ganhando terreno a cada dia desde o início de sua utilização em 2012.
Da mesma forma, foi implementado na Nova Zelândia e na Oceania, em várias nações africanas, e até mesmo na Europa. A cidade espanhola de Sevilha passou por essa experiência e teve uma grande aceitação entre a população analfabeta.
Adaptado a diferentes realidades sociais e idiomas, o "Sim eu posso" transformou a vida de muitas pessoas pobres que não tiveram acesso à educação ou foram forçadas a trabalhar desde cedo para ajudar no sustento de suas famílias.
É também um método inclusivo, que não discrimina nenhum cidadão desejoso de aprender, pois tem versões para cegos, surdos e pessoas com deficiências intelectuais leves.
Até o momento, quase 11 milhões de pessoas em 30 países aprenderam a ler e escrever com o programa cubano, que em 2006 recebeu o Prêmio King Sejong da UNESCO.
Sem dúvida, "Sim eu posso" é a humilde contribuição de Cuba para a alfabetização no mundo e deu a muitas pessoas uma nova perspectiva de vida.