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Por Maria Josefina Arce
Nos primeiros dias de novembro, o projeto de resolução cubano sobre a necessidade de pôr fim ao bloqueio, essa medida genocida e unilateral imposta há mais de seis décadas contra Cuba pelos Estados Unidos, será submetido à consideração da Assembleia Geral da ONU.
Será a trigésima primeira vez que o organismo internacional se pronunciará sobre essa política hostil que mantém uma asfixia econômica contra o país para provocar o colapso da revolução e negar suas conquistas, como afirmou o presidente cubano Miguel Díaz Canel.
Em entrevista à jornalista Arleen Rodríguez, transmitida pela mídia nacional, o presidente Diaz-Canel, ao abordar a complexa situação pela qual o país está passando, referiu-se à perseguição financeira que limita o acesso ao crédito para investimento em diferentes áreas.
A realidade é que gerações de cubanos têm vivido sob o cerco econômico, que priva a nação do dinheiro necessário para comprar alimentos, combustível e matérias-primas para a produção, medicamentos inclusive.
A situação piorou a partir de 2019, sob o governo de Donald Trump, quem, além de aprovar 243 medidas para reforçar o bloqueio, também incluiu Cuba mais uma vez na lista espúria de países supostamente patrocinadores do terrorismo. Pois bem, o seu sucessor na Casa Branca, o democrata Joe Biden, continua mantendo Cuba na mencionada lista, comentou o chefe de Estado cubano.
Somente no último ano, os danos causados pelo bloqueio alcançam quatro bilhões e 867 milhões de dólares, ou seja, 405 milhões de dólares por mês, revelou o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, em seu perfil na rede social X.
Trata-se de uma política criminosa rejeitada todos os anos pela Assembleia Geral da ONU, por ampla maioria. No ano passado, 185 dos países membros apoiaram a cessação do bloqueio, demonstrando o isolamento de Washington.
No entanto, os Estados Unidos ignoram os apelos da comunidade internacional, que não para de se mobilizar em favor de Cuba. São constantes as ações em diferentes cantos do mundo em defesa do direito dos cubanos de viver sem o bloqueio.
No mês de novembro, também haverá um Tribunal Internacional contra o bloqueio, a ser realizado nos dias 16 e 17 de novembro em Bruxelas, capital da Bélgica.
Washington faz ouvidos moucos à maioria dos norte-americanos, que se solidarizam com a exigência de Cuba de pôr fim a essa política hostil, que tem buscado, em vão, matar os cubanos de fome e doenças, semear o descontentamento e minar o apoio ao processo revolucionário.
Uma mostra do apoio ao povo cubano nos próprios Estados Unidos é o fato de que, hoje em dia, mais de 70 organizações fazem parte da Rede Nacional de Solidariedade a Cuba.
O bloqueio é imoral, é um ato de guerra econômica em tempos de paz, viola os direitos humanos de um povo inteiro e os princípios do direito internacional.