Imagen ilustrativa tomada de Radio Ciudad Bandera
Por Maria Josefina Arce
Nas últimas décadas, o uso de técnicas nucleares e isotópicas na busca de soluções para os problemas urgentes que afetam a humanidade vem ganhando espaço no mundo.
Cuba também passou a fazer parte desse cenário, apesar dos obstáculos impostos pelo bloqueio norte-americano.
Assim, diante da ameaça que representa a mudança climática, Cuba está desenvolvendo o projeto ISOVIDA, que está sendo implementado pelo Centro de Estudos Ambientais de Cienfuegos, com o apoio de outras instituições, como o Centro de Pesquisas Marinhas e a Agência de Energia Nuclear e Tecnologias Avançadas.
Essa iniciativa está alinhada com a conservação e o uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos no Plano Nacional de Combate às Mudanças Climáticas, conhecido como Tarefa Vida.
Tem por objetivo gerar dados confiáveis sobre a acidificação dos oceanos, a temperatura e o aumento do nível do mar, problemas aos quais Cuba é altamente vulnerável devido à sua condição de Ilha.
Nesse e em outros projetos, a cooperação com a AIEA, a Agência Internacional de Energia Atômica, tem sido essencial.
Graças a esse apoio, Cuba tem o primeiro laboratório na América Latina e no Caribe capaz de detectar ciguatoxinas, as biotoxinas responsáveis pela intoxicação alimentar não bacteriana mais frequente causada por frutos do mar.
O laboratório presta serviços analíticos a nações da região, onde as ciguatoxinas têm sido um problema sério há anos.
Cuba também está envolvida em um estudo chamado NUTEC PLASTIC, cujo propósito é ajudar a integrar técnicas nucleares e isotópicas para enfrentar os desafios que têm a ver com a poluição plástica.
As técnicas nucleares e isotópicas também são usadas em Cuba em outras áreas, como a saúde, devido à sua valiosa contribuição para o diagnóstico e o tratamento de várias doenças.
Nos últimos anos, a cirurgia guiada por rádio foi introduzida nas instituições de saúde cubanas, o que aumenta a eficácia da intervenção cirúrgica, especialmente em casos de câncer.
Com o apoio da Agência Internacional de Energia Atômica, Cuba deu passos notáveis na introdução de técnicas nucleares e isotópicas em várias áreas para o progresso da nação e para contribuir com o bem-estar de seus cidadãos.